Por Dhirendra Tripathi e Ana Julia Mezzadri
Investing.com -- As ações dos EUA dispararam na quinta-feira, com o Dow Jones Industrial Average e o {{S&P 500}} fechando em forte alta.
Os dados relativos aos pedidos de seguro-desemprego no início do dia, que ficaram ligeiramente acima do esperado para a semana anterior, atenuaram os receios de que o Federal Reserve agisse cedo demais para tirar o pé do acelerador do estímulo econômico, onde o banco central vem pisando fundo desde o ano passado.
Na quarta-feira, o Fed disse que poderia começar a reduzir as suas compras mensais de títulos já em novembro, e que as taxas de juros poderiam subir mais rápido que o esperado até o ano que vem.
Isto alavancou as ações de bancos, que ficaram entre os melhores desempenhos do dia, porque as empresas financeiras se beneficiam quando as taxas sobem, proporcionando a elas maiores lucros com empréstimos.
Os gastos federais e o limite da dívida também pairavam sobre o mercado. Os líderes democratas no Congresso anunciaram um acordo provisório na quinta-feira, que financiaria os US$ 3,5 trilhões das iniciativas da rede de seguridade social do Presidente Joe Biden, embora não tenham dado detalhes.
No início desta semana, os Democratas da Câmara aprovaram uma medida que financiaria o governo para além do dia 30 de setembro e adiaria o vencimento do teto da dívida para o fim de 2022, embora os Republicanos tenham prometer em combatê-la, ameaçando um shutdown do governo.
Os receios com a moratória da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande (OTC:EGRNY) também continuaram a diminuir. A possibilidade iminente de um calote no pagamento da dívida fez com que o mercado de capitais tropeçasse em todo o mundo no início desta semana.
VEJA TAMBÉM: Julius Bär: Precedentes reforçam possibilidade de intervenção parcial na Evergande
Os dados da semana passada mostraram um salto surpreendente nas vendas no varejo, uma indicação de que as compras de volta às aulas e outros gastos dos consumidores permaneceram fortes.
No Brasil, o Ibovespa também terminou o dia em alta após a elevação da taxa básica de juros pelo Copom na noite de quarta.
Aqui estão quatro coisas que podem afetar os mercados amanhã:
1. IPCA-15
O mercado estará atento aos dados do IPCA-15, um dia depois de o Copom elevar a taxa Selic na tentativa de conter a inflação. A expectativa é que o IPCA-15 de setembro fique em 1,02%, ante 0,89% em agosto. No acumulado de 12 meses, o mercado espera que o índice atinja 9,93%, contra 9,30% no mês passado.
LEIA: Copom deve explorar em ata potencial de inflação menos pressionada, preveem economistas
2. Nike
Espera-se que a Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34) anuncie um lucro por ação de US$ 1,12 sobre receitas de US$ 12,46 bilhões quando divulgar seus resultados do primeiro trimestre hoje mais tarde, segundo os analistas acompanhados pelo Investing.com.
3. Carnival (LON:CCL)
A Carnival Corporation (NYSE:CCL) (SA:C1CL34) deve registrar uma perda de US$ 1,43 por ação sobre receitas de US$ 535,29 milhões no terceiro trimestre. Os resultados serão divulgados na sexta-feira. Hoje mais cedo, a empresa anunciou que quer retornar 50% da sua frota nos mares e navegando com passageiros até o final do próximo mês.
VEJA: Carnival salta com planos de colocar metade da frota em operação até mês que vem
4. Vendas de casas novas
Espera-se que as vendas de casas novas tenham crescido em agosto para 714.000, após aumentarem para 708.000 no mês anterior. Os números saem na sexta-feira, às 11h.