Investing.com - A Odebrecht e a Petrobras (SA:PETR4) estariam trabalhando em uma oferta global de ações da petroquímica até junho, envolvendo os ativos no Brasil e nos Estados Unidos. As informações foram publicadas na edição desta quinta-feira (8) do jornal Valor Econômico.
As ações da Braskem (SA:BRKM5) recuam 0,04% a R$ 48,46, enquanto as da Petrobras avançam 0,14% a R$ 21,01.
A publicação destaca que as dificuldades estão nos contratos de abastecimento de matéria-prima da petroquímica, pela Petrobras. E esse pode ser justamente o ponto que pode impedir a operação entre as empresas. Por outro lado, caso a proposta avance, o negócio tem potencial para ser o maior de 2018.
Em janeiro, a Petrobras anunciou que conversas com a Odebrecht para revisar o acordo de acionistas da Braskem evoluíram para uma reorganização societária com unificação das espécies de ações da petroquímica.
"Esses estudos, no entanto, ainda se encontram em fase preliminar", afirmou a Petrobras em comunicado.
Uma unificação das classes de ações votantes pode preparar a migração da empresa para o Novo Mercado, divisão de mais alta governança na B3. Vale (SA:VALE3) e Suzano (SA:SUZB3) migraram para o segmento em 2017 após unificar suas classes de ações.
Segundo a petrolífera, a reorganização societária busca aprimorar a governança corporativa da Braskem e criar valor para todos os acionistas.
Atualmente, a Odebrecht detém 50,1 por cento das ações com direito a voto da Braskem, enquanto a Petrobras detém 47 por cento das ações votantes da companhia.
O capital da Braskem é dividido em papéis ordinários (451,7 milhões), e preferenciais classe A (345 milhões) e B (578 mil).
No fim de 2017, a Odebrecht afirmara que pretendia manter a Braskem como parte de seus investimentos. O grupo foi forçado a vender ativos em meio ao escândalo gerado pelas investigações da operação Lava Jato.
A declaração da Petrobras ocorre após informações da imprensa de que a holandesa Lyondellbasell teria feito uma aproximação para comprar o controle da Braskem.
Com Reuters