Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O mercado reagiu de forma negativa ao balanço do segundo trimestre da Oi (BVMF:OIBR3), com as ações operando em queda durante esta sexta-feira, 12. Para o Itaú BBA, os números foram fracos, apesar da venda de ativos ter reduzido a dívida da companhia.
Às 13h55, as ações da Oi recuavam 5,09%, a R$ 0,56. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,76%, a 111.648 pontos.
As receitas das operações continuadas, ou seja, aquelas que permanecerão após a venda dos ativos da Oi, cresceram 1% na comparação anual e 5,3% no trimestre, o que segundo o Itaú BBA representa o melhor resultado em anos da companhia
A receita do negócio de fibra da Oi cresceu 39% no ano e 5% no trimestre, compensada pela grande queda nas receitas das linhas de cobre, que recuaram 41% no ano e 15% no trimestre.
A venda de sua operação de infraestrutura, a V.Tal, foi concluída no trimestre e contabilizada no resultado da Oi em abril e maio. Assim, o Ebitda atingiu R$ 384 milhões, com margem de 14%.
Porém, considerando que dois meses da operação da V.Tal foram incluídos nos resultados do 2T, o Itaú BBA espera que a margem da nova Oi comece abaixo dos 14% reportados e depois cresça até o nível indicado pela empresa em seu Plano Estratégico de 20% no longo prazo.
A dívida líquida encerrou o 2T22 em R$ 16,1 bilhões, queda de 48,7%, ou R$ 15,3 bilhões menor que o resultado do 1T22. Isso seria um reflexo da venda de ativos, mas eventos não recorrentes de M&A também impactaram negativamente em R$ 746 milhões o caixa da Oi.
O consumo de caixa acima do esperado, junto com a reorganização da dívida da companhia junto a revisão da participação da Oi na V.Tal de 42% para 35%, têm um impacto negativo importante no valor patrimonial da Oi, destaca o Itaú BBA.
A recomendação do Itaú BBA para as ações da Oi são de compra, com preço-alvo de R$ 2,50.