Por Juliana Schincariol
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A PDG anunciou nesta quinta-feira mudanças em seu alto escalão, com a substituição de executivos que assumiram a construtora e incorporadora em 2012 com objetivo de sanear as finanças da empresa e devolver crescimento à companhia.
A presidência da PDG será assumida a partir de 17 de agosto por Márcio Tabatchnik Trigueiro, que ficará no lugar de Carlos Piani. A empresa não informou os motivos da saída de Piani, que permanecerá como membro do Conselho de Administração.
Trigueiro é engenheiro mecânico-aeronáutico e foi sócio da GP Investments e presidente-executivo da Sascar, especializada em gestão de frotas e rastreamento de veículos e cargas.
A PDG também anunciou mudança na vice-presidência financeira, que será assumida por Mauricio Fernandes Teixeira a partir também de 17 de agosto. Teixeira vai substituir Rafael Espírito Santo.
Marco Kheirallah, que tinha sido nomeado para o posto juntamente com Piani e deixou o cargo há algumas semanas, tinha sido substituído por Espírito Santo, que agora responderá apenas pela área de relações com investidores da empresa.
A construtora e incorporadora, uma das maiores do Brasil, foi uma das companhias do setor que realizaram cortes em suas operações em 2012 após anos de crescimento pouco controlado e sinais de esfriamento na demanda em mercados importantes.
A mais recente operação para dar um fôlego financeiro à PDG foi um aumento de capital de até 500 milhões de reais, anunciado em março.
A PDG passou a gerar caixa partir do terceiro trimestre de 2014 e a dívida financeira da companhia diminuiu 5,3 bilhões de reais desde a entrada da nova gestão, em 2012.
Em 2015, a situação macroeconômica piorou e o setor de construção civil registra recuo em vendas e lançamentos, além de milhares de demissões.
No primeiro trimestre do ano a PDG teve prejuízo líquido de 161,7 milhões de reais e uma geração de caixa de 410 milhões de reais.