Um júri decidiu pela primeira vez a favor da Bayer (DE:BAYGN), fabricante alemã de produtos farmacêuticos e agroquímicos, no caso do herbicida Roundup, fabricado pela companhia, que causaria câncer. O juiz que analisou o caso, no Tribunal Superior da Califórnia, para o condado de Los Angeles, instruiu o júri primeiro a determinar se o herbicida tinha a capacidade real de causar câncer, em vez de considerar o manejo da empresa nas análises e pesquisas de segurança, disseram os advogados da empresa e o demandante.
A mãe de Ezra Clark, menor de idade, alegou que a exposição ao agrotóxico causou o linfoma não-Hodgkin em seu filho. O advogado que representa a família, Fletch Trammell, disse que deve apelar da decisão.
Em contrapartida, a Bayer afirmou que a avaliação do júri é consistente com as revisões regulatórias que têm respaldado a segurança do herbicida.
Em maio, o Tribunal de Recursos de São Francisco decidiu que a companhia deveria indenizar Edwin Hardeman em US$ 25 milhões, concluindo que a empresa agiu de forma negligente ao não alertar sobre os riscos associados ao glifosato, ingrediente ativo do herbicida.
Em agosto, a empresa alemã apresentou uma petição à Suprema Corte dos EUA para anular o caso de Edwin Hardeman, que alegava que seu linfoma não-Hodgkin foi causado pelo uso do herbicida Roundup.
A Bayer argumentou que não poderia ter alertado sobre qualquer risco de câncer representado pelo Roundup, já que os reguladores federais dos EUA o consideraram seguro, após várias análises.