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Plano estratégico do Bradesco mira melhorar rentabilidade, mas ação tomba mais de 14%

Publicado 07.02.2024, 12:32
Atualizado 07.02.2024, 12:35
© O Financista.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (BVMF:BBDC4) anunciou nesta quarta-feira seu plano estratégico até 2028, buscando aumentar a rentabilidade nos próximos cinco anos, mas com o presidente-executivo do banco, Marcelo Noronha, alertando que 2024 será um ano de transição e que os resultados virão gradualmente, trimestre a trimestre.

As ações do banco ampliavam as perdas de mais cedo no início desta tarde, despencando mais de 14%, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,3%.

"Nós temos um plano para cinco anos, vamos fazer suas implementações rapidamente. Mas vamos colher os benefícios ao longo de cinco anos", afirmou o executivo em entrevista a jornalistas, no mesmo dia em que o segundo maior banco privado do país divulgou resultado trimestral abaixo do esperado pelo mercado, segundo dados da LSEG.

Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) e do Citi avaliaram que o banco apresentou um resultado fraco para o quarto trimestre e um guidance decepcionante.

"Nós entendemos que o Bradesco está em um caminho de recuperação, mas o guidance fornecido implica lucro de apenas cerca de 18 bilhões de reais (ponto médio)", afirmaram Yuri Fernandes e equipe do JPMorgan em relatório a clientes, em estimativa similar aos cerca de 17 bilhões de reais do Citi.

No acumulado do ano passado, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de 16,3 bilhões de reais, queda de 21,2% ante 2022.

Para analistas do Citi chefiados por Rafael Frade, o lucro do Bradesco sinalizado no guidance "mostra alguma recuperação, mas em uma base muito deprimida, e com nível ainda muito alto de despesas de provisão" e indica que a melhoria da rentabilidade do Bradesco ainda tem um longo caminho a percorrer.

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As estimativas do Bradesco para o ano corrente incluem crescimento de 7% a 11% para a carteira de crédito, com expansão de 3% a 7% na margem financeira e aumento de 2% a 6% nas receitas de prestação de serviços e de 5% a 9% nas despesas operacionais.

AMBICIOSO

O plano estratégico, que Noronha classificou como "denso e ambicioso", prevê redução de níveis hierárquicos do Bradesco e maior autonomia aos executivos, assim como mudanças visando complexidade menor e agilidade na tomada de decisões.

A nova gestão do segundo maior banco privado do país também busca elevar a participação de mercado em crédito expandido do Bradesco do patamar atual de cerca de 14% para entre 15% e 19%.

Na agenda estratégica do Bradesco também estão ações que incluem criação de um novo segmento de alta renda, separar a unidade de negócio digital do varejo físico, acelerar a migração da infraestrutura do banco para sistemas de computação em nuvem e aumentar o uso de inteligência artificial no crédito.

A estrutura do banco vai passar a contar com seis unidades de negócios - atacado, wealth, varejo, negócios digitais, crédito e tesouraria e pesquisas econômicas, com Noronha afirmando que será contratado um executivo de alto escalão externo para a divisão de negócios digitais.

Noronha não precisou prazos, mas afirmou que o Bradesco "vai executar todas as iniciativas ao mesmo tempo. Nós não vamos escolher uma ou outra iniciativa para tocar, essa é a grande missão que temos."

BALANÇO

Em 2023, o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em 10%, de 13,1% em 2022.

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De outubro a dezembro, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de 2,88 bilhões de reais, abaixo do esperado por analistas, com projeções compiladas pela LSEG que apontavam para lucro de 4,57 bilhões para o período.

De acordo com Noronha, o resultado foi afetado por reforço de provisão de 1,4 bilhão de reais. O executivo disse que o acréscimo foi causado por dois casos no atacado. O executivo não identificou os casos, mas sinalizou que não envolvem a Americanas (BVMF:AMER3).

O presidente do Bradesco destacou a melhora na trajetória da inadimplência, que caiu em todos os segmentos na base trimestral. "Agora, podemos afirmar com todas as letras que finalmente controlamos a inadimplência."

No quarto trimestre, o índice de calotes que considera atrasos de mais de 90 dias ficou em 5,1%, de 5,6% nos três meses anteriores.

Para 2024, o Bradesco estimou provisão para devedores duvidosos expandida entre 35 bilhões a 39 bilhões de reais, uma melhora em relação a 2023, quando registrou 39,5 bilhões, no topo da projeção do próprio banco para o período - de 36,5 bilhões a 39,5 bilhões de reais.

CIELO

Noronha também afirmou que se trata de um movimento estratégico a decisão dos controladores da Cielo (BVMF:CIEL3) - Bradesco e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) - de fazerem uma oferta pública de aquisição das ações (OPA) da empresa de meios de pagamentos em circulação no mercado para deslistar a companhia.

"Nós estamos fazendo isso...para termos a adquirência mais próxima dos dois bancos", afirmou o executivo, acrescentando que não há nenhum debate envolvendo uma eventual cisão da unidade Cateno, assim como não estão nos planos comprar do BB ou vender ao banco sua fatia na Cielo.

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"Não estamos discutindo nada de compra, de venda com o Banco do Brasil...por enquanto é fechar o capital, e ir à luta para brigar por esse mercado", afirmou o presidente do Bradesco.

Noronha estimou o closing da OPA em "uns 150 dias", avaliando que a maior parte dos acionistas minoritários deve aceitar a proposta a um preço de 5,35 reais por ação. "É natural que os minoritários possam questionar (o preço), isso faz parte do jogo...Mas eu acho que a maior parte dos minoritários vai aceitar a nossa proposta".

Últimos comentários

Pior banco para financiamento imobiliário, demora para responder. Fora que para amortizar é um parto, utilizar FGTS piorou. Condições estranhas para amortizar, que fazem o financiamento da Caixa Econômica Federal serem mais rapidos e transparentes, da para acreditar?
Esse aí da foto,deve estar na folha do Itaú para quebrar o Banco.Trabuco fora,antes q seja tarde
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