SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja do Brasil atingiu 46% da área estimada para a safra 2019/20, que começou a ser plantada em meados de setembro, nível inferior aos 60% vistos no ano passado, disse nesta segunda-feira a consultoria AgRural, citando as chuvas escassas.
Apesar do ritmo de plantio mais lento na comparação com 2018, os trabalhos superam a média de cinco anos para o período, de 45% da área estimada, acrescentou a AgRural.
Nesta temporada, o Brasil deve colher uma safra recorde de 121 milhões de toneladas, após um aumento de 1,3% na área de plantio, para 36,4 milhões de hectares, disse a AgRural.
Com 84% da área plantada em Mato Grosso, principal Estado produtor de grãos no país, e um aumento das precipitações no Paraná, onde o plantio atingiu 60% da área, agora todos os olhos se voltam para o Mato Grosso do Sul, de acordo com a consultoria.
Embora o plantio tenha avançado bem na última semana, para 58% da área, o Estado recebeu poucas chuvas, o que forçou alguns agricultores ao replantio, disse a AgRural.
Também há preocupações relacionadas ao plantio da segunda safra de milho do país, que ocorre após a colheita da soja, disse a consultoria, referindo-se à situação em Mato Grosso do Sul.
Caso as chuvas previstas para esta semana se confirmem, a semeadura da soja no sul de Mato Grosso do Sul terminará dentro da primeira quinzena de novembro, permitindo que o plantio do milho seja concluído dentro da janela normal da região, que vai até meados de março, acrescentou a AgRural.
No entanto, o ideal seria que o plantio da "safrinha" de milho ocorresse até o final de fevereiro, para evitar que a produtividade fique mais suscetível à redução das chuvas e às possíveis geadas a partir de maio, concluiu a consultoria.
(Reportagem de Ana Mano)