Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Positivo Informática são negociadas com perdas na parte da manhã desta terça-feira, acima da desvalorização do Ibovespa hoje. A companhia informou, na noite de ontem, que teve lucro de R$ 3,4 milhões nos três primeiros meses do ano, sendo que um ano atrás teve prejuízo de R$ 5 milhões. O resultado foi puxado pelo bom desempenho da linha financeira
Por volta das 11h12, os ativos recuavam 3,89% a R$ 5,93. O Ibovespa registrava baixa de 1,31% a 96.367 pontos.
Na mesma base de comparação, a receita líquida teve crescimento de 9%, para R$ 378,5 milhões, sendo que o avanço foi de 25% da receita líquida com notebooks, para R$ 154,5 milhões, e 76% com servidores, que alcançou R$ 30,2 milhões.
O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 96,5%, para R$ 600 mil. Em termos ajustado, o Ebitda ficou negativo em R$ 8,1 milhões, com a margem caindo 5,2 pontos percentuais (p.p.), para zero porcento.
Visão dos analistas
Na visão do BTG Pactual (SA:BPAC11), a companhia vive um ambiente difícil no curto prazo, mas entende que as perspectivas são positivas no longo prazo. A equipe tem essa avaliação mesmo com a pressão de margem no 1T20, que, aliada ao agravamento do ambiente macroeconômico (menor confiança do consumidor, maior taxa de desemprego e câmbio mais volátil), poderia pesar sobre as ações no curto, principalmente após o recente rali (POSI3 (SA:POSI3) + 52% MTD). Isso seria possivel dada a demanda reprimida por contratos com instituições governamentais e públicas nos próximos anos, sustentando a classificação compra no nome.
Balanço
Entre janeiro e março, a companhia teve receita financeira liquida de R$ 20 milhões, sendo que no mesmo período de 2019 teve despesas de R$ 11,5 milhões. Os números refletem a combinação de ganhos na marcação a mercado dos instrumentos derivativos com a alta do dólar, redução de despesa financeira acompanhando a queda da taxa básica de juros e maior receita financeira com carregamento de caixa elevado em fevereiro e março.
Mas diante do avanço de 17,2% dos custos, explicado principalmente pelos efeitos do dólar sobre a matéria prima, o lucro bruto da empresa recuou 15,7%, para R$ 74,2 milhões. As despesas operacionais cresceram 7,4%, para R$ 87,2 milhões.