SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Paulo Caffarelli, apresentou proposta para pagar 200 mil reais para encerrar um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que investiga irregularidades na divulgação de informações ambientais da CSN (SA:CSNA3) na época em que ele era diretor de relações com investidores da companhia.
O processo teve como origem um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, em 2016, para que a CVM se manifestasse quanto à alegação de que a CSN prestou informações enganosas sobre acordos com autoridades ambientais.
A CSN anunciou em abril de 2016 que havia celebrado com a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, a Comissão Estadual de Controle Ambiental do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Inea) um Termo de Ajustamento de Conduta para resolver pendências ambientais na Usina Presidente Vargas, garantindo a continuidade do pleno funcionamento das operações na usina.
Mas a CVM entendeu que a assinatura do TAC omitiu o fato gerador do acordo e não divulgou as informações em linguagem acessível aos investidores.
"O Comitê de Termo de Compromisso entendeu que a proposta (de Caffarelli) seria suficiente para desestimular a prática de atitudes assemelhadas, norteando a conduta dos participantes do mercado", afirmou a CVM. expllicando que seu colegiado aceitou a proposta.
A Reuters não conseguiu contato com o executivo.
(Por Aluisio Alves)