(Reuters) - O Facebook (O:FB) alertou nesta quarta-feira sobre desaceleração no crescimento de receita no segundo semestre e afirmou que as despesas vão crescer mais rápido que o faturamento no próximo ano, o que fez as ações da rede social recuarem 19 por cento diante de preocupações sobre o impacto de questões relacionadas à privacidade dos usuários sobre seus negócios.
A companhia alertou os investidores para esperarem um grande crescimento nos custos por causa de esforços para resolver preocupações em torno de questões de privacidade dos usuários e para melhor monitoramento sobre o que os usuários publicam na rede social. As despesas totais no segundo trimestre subiram para 7,4 bilhões de dólares, um crescimento de 50 por cento sobre um ano antes.
O crescimento de novos usuários ativos do principal aplicativo do Facebook desacelerou para 11 por cento no segundo trimestre ante 13 por cento no primeiro trimestre.
"Nossas taxas de crescimento de receitas totais vai continuar a desacelerar no segundo semestre e esperamos que a taxa de expansão de nosso faturamento caia para um dígito alto no terceiro e quarto trimestres", disse o vice-presidente financeiro da rede social, David Wehner.
A receita do Facebook cresceu no ritmo mais lento em quase três anos, avançando 14 por cento sobre um ano antes, para 13,2 bilhões de dólares no segundo trimestre. A companhia publicou lucro de 5,1 bilhões de dólares no período, ou 1,74 dólar por ação, praticamente me linha com estimativas de analistas, segundo dados da Thomson Reuters I/B/E/S. A margem operacional caiu de 47 para 44 por cento.
O crescimento nos usuários diários do Facebook caiu em seis trimestres consecutivos, atingindo 1,47 bilhão no segundo trimestre ante 1,23 bilhão no final de 2016.
Enquanto isso, o Instagram avançou para 1 bilhão de usuários mensais ante 600 milhões no final de 2016. Já os dois aplicativos de mensagens do Facebook, WhatsApp e Messenger, tiveram cada um mais de 1 bilhão de usuários mensais no segundo trimestre.
Cerca de 2,5 bilhões de pessoas usam pelo menos um dos aplicativos da companhia a cada mês, informaram executivos do Facebook a analistas.
O Instagram deverá ser responsável por 18 por cento da receita do Facebook este ano e 23 por cento em 2019, segundo a empresa de pesquisa de mercado EMarketer.
(Por Munsif Vengattil em Bangalore, Índia, e Paresh Dave em São Francisco)