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Rali das ações americanas provavelmente acabou, dizem analistas de Wall Street

Publicado 06.02.2023, 09:54
Atualizado 06.02.2023, 13:41
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Por Senad Karaahmetovic 

Apesar de ter recuado mais de 1% na sexta-feira, o S&P 500 ainda conseguiu terminar a semana passada, repleta de dados econômicos importantes, com uma valorização de 1,6%, o que fez com que o principal índice acionário dos EUA atingisse o nível mais alto desde agosto.

As ações de tecnologia lideraram os avanços, com o índice composto da Nasdaq {14958|IXIC}}) negociado no patamar mais elevado desde a segunda semana de setembro. O índice, que terminou a semana passada com uma alta de 3,3%, chegou a avançar 20% em determinado momento da última semana, em relação à sua mínima do fim de dezembro. Já o Dow Jones Industrial {169|DJI}}) fechou com uma queda de 0,15% na semana passada.

Uma semana de fortes oscilações

O Federal Reserve elevou os juros em 25 pontos-base (pb), fazendo com que a taxa referencial subisse para a faixa de 4,5% a 4,75%, a maior em 15 anos. No entanto, os mercados interpretaram o anúncio do Fomc, comitê de política monetária dos EUA, e do presidente do Fed, Jerome Powell, como mais ameno do que se esperava. Entre outros aspectos, Powell declarou que são necessários mais aumentos de juros para garantir que a inflação continue arrefecendo.

“Podemos agora dizer, pela primeira vez, que o processo desinflacionário começou”, afirmou Powell, uma frase que promoveu a alta das ações na semana passada.

Com isso, os papéis dispararam na quinta-feira, com o S&P 500 quase superando 4200 pontos. O sentimento também melhorou com o balanço acima das expectativas da Meta Platforms (NASDAQ:META), que anunciou um novo pacote de recompra de ações de 40 bilhões de dólares.

No entanto, o rali encerrou após o horário regular do pregão de quinta-feira, quando três megaempresas de tecnologia – Apple (NASDAQ:AAPL), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Amazon (NASDAQ:AMZN)  – apresentaram resultados mais fracos do que o esperado, provocando o recuo das suas ações.

Além disso, um extraordinário relatório de empregos na sexta-feira gerou mais instabilidade, acelerando a liquidação dos papéis no fim da semana. A expectativa era que a economia dos EUA criasse 185.000 empregos, mas acabou gerando mais de meio milhão de postos de trabalho em janeiro. A taxa de desemprego recuou para 3,4%, nível mais baixo desde 1969.

Embora o calendário econômico seja mais leve para esta semana, a temporada de resultados continua. Até 3 de fevereiro, duzentas e quarenta e duas empresas do S&P 500 divulgaram resultados para o trimestre de dezembro. De acordo com os cálculos do Goldman Sachs (NYSE:GS), 17% das companhias apuraram lucros por ação abaixo das expectativas, considerando o desvio-padrão das estimativas dos analistas, contra a média de 14%.

“Os resultados estão em linha com o declínio de 1% ano a ano no LPA do S&P 500 esperado no início da temporada de balanços. A empresa típica que supera as expectativas de LPA teve desempenho inferior ao S&P 500 em 11 pb no dia seguinte ao relatório, em comparação com os típicos 100 pb de desempenho superior. Essa dinâmica aparentemente reflete o fato de que os dados macro recentes de suporte superaram o sinal dos resultados do 4T", escreveram em nota os principais estrategistas de ações do Goldman Sachs.

Entre os números de LPA mais importantes desta semana, os destaques são Walt Disney (NYSE:DIS), Uber (NYSE:UBER), PepsiCo (NASDAQ:PEP) e PayPal (NASDAQ:PYPL).

O que os analistas estão dizendo sobre as ações dos EUA para esta semana?

Analistas do Goldman Sachs: "Apesar do rali recente, há várias razões pelas quais acreditamos que a alta das ações dos EUA permanece limitada, sendo pouco provável que o S&P 500 termine o ano substancialmente acima do nosso alvo de 4.000 pontos... A combinação de potencial de alta limitado em nosso cenário-base com o considerável risco de queda, se a economia entrar em recessão, faz com que a distribuição de resultados fique mais desafiadora para os investidores de ações dos EUA, principalmente em relação a alternativas”.

Analistas do JPMorgan: “O posicionamento está se normalizando rapidamente, e a questão é se haverá uma confirmação para a próxima pernada do rali, do ponto de vista dos fundamentos. Acreditamos que isso não deve acontecer, razão pela qual esperamos que se forme uma bolsa de ar durante o 2º e 3º trimestres, com um enfraquecimento da atividade e dos resultados, fazendo com que o 1º tri se torne um ponto de inflexão no mercado. Aconselhamos usar a atual força para reduzir a exposição”.

Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS): “Embora não tenhamos visto uma reversão definitiva na semana passada para as ações, nossa expectativa é que a porta continue bastante aberta para a nossa previsão, ainda que a um ritmo mais lento”.

Analistas do UBS: “As ações registraram vários repiques no último ano, gerados principalmente pela esperança de que o Federal Reserve mude para uma postura mais amena. Mas nenhum desses ralis durou muito. Nossa expectativa é ver um ponto de inflexão em 2023, com os bancos centrais encerrando o aperto e com a melhora das perspectivas de crescimento. Atualmente, preferimos adotar uma abordagem defensiva, a fim de se proteger dos riscos de curto prazo, juntamente com cíclicos selecionados, a fim de se preparar para uma virada sustentada no sentimento do mercado”.

Analistas do BTIG: "Embora a tendência, a amplitude e o momento tenham melhorado significativamente, não podemos deixar de sentir que a ação recente é um pânico de alta após uma enorme quantidade de dados macro e resultados de empresas específicas. Agora que grande parte desses eventos ficou para trás, em conjunto com uma quantidade significativa de cobertura de posições vendidas, os mercados parecem vulneráveis em fevereiro”.

Às 13h07 de Brasília, o DJI recuava 106,10 pontos (-0,31%), o S&P 500 caía 17,88 pontos (-0,43%), enquanto o Nasdaq se desvalorizava 68,24 pontos (-0,57%).

 

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