Os processos de reestruturação financeira das aéreas no Brasil pode abrir espaço para ganhos de lucratividade. A avaliação é do diretor-geral da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), Willie Walsh.
"As reestruturações, incluindo Chapter 11, têm que ser vistas como algo positivo, porque cria oportunidades para as aéreas", afirma o executivo.
Entre as três companhias que operam no Brasil, apenas a Azul (BVMF:AZUL4) não passou por uma recuperação judicial. Ainda assim, a aérea promoveu recentemente um processo de reestruturação que incluiu renegociação de dívidas e captação adicional de recursos.
Dólar
A América Latina opera com uma das menores margens do mercado mundial, considerando que, para o ano que vem, é esperado que o indicar atinja 2,4% na região ante 3,6% globalmente. A projeção mais alta é para a América do Norte: 4,2%.
Walsh atribui este cenário, em grande parte, ao fato dos custos serem dolarizados, enquanto as receitas das aéreas são nas moedas locais, mais fracas que o dólar.
"A exposição ao dólar é um dos riscos que, provavelmente, é maior na região da América Latina do que em qualquer outra parte do mundo", afirma Walsh.
A repórter viajou a convite da Iata