Ações da Fibria (SA:FIBR3) caem após divulgação dos resultados do segundo trimestre (Divulgação/Fibria)
SÃO PAULO - Assim como nos últimos pregões, o Ibovespa tem uma segunda-feira (25) de fracas variações no início de uma semana de agenda econômica carregada aqui e no cenário internacional. O vento externo favorável ajuda a Bolsa brasileira, enquanto investidores digerem resultados trimestrais das empresas.
Apesar de certa cautela antes das reuniões do Fed e do banco central japonês, a queda menor que a esperada na confiança empresarial alemã em julho anima os índices europeus em tempos de incertezas inerentes à saída do Reino Unido da União Europeia. Já os preços do petróleo recuam sob o temor de excesso de oferta global.
Internamente, as expectativas melhoraram com força em julho e a confiança do consumidor do Brasil avançou pelo terceiro mês seguido, de acordo com dados da FGV. Em entrevista à Folha, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que, com o fim da incerteza sobre o impeachment de Dilma Rousseff (cujo processo deve terminar ao fim de agosto), a recuperação da economia virá de forma mais rápida.
Ao longo dos próximos dias investidores conhecerão a ata da última reunião do Copom, na terça-feira (26), dados de geração de empregos, o Caged, na quarta-feira (27), e números fiscais de junho mais ao fim da semana. Nesta manhã, o Boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a estimativa de alta do IPCA este ano caiu 0,05 ponto percentual e atingiu 7,21%, acima do teto da meta do governo, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais. Em relação a 2017 a mediana das projeções foi reduzida em 0,01 ponto percentual, a 5,29%, dentro da tolerância de 1,5 ponto para a meta de 4,5%.
A projeção de contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 chegou a 3,27%, contra recuo de 3,25% no levantamento anterior. Para 2017 permanece a expectativa de expansão de 1,10%.
Por volta de 10h30, o principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo tinha leve valorização de 0,13%, aos 57.080 pontos. Entre as mais líquidas, Petrobras (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE5) exibiam ganhos de 1,75% e 2,76%, respectivamente. A estatal petrolífera anunciou venda de unidade no Chile e mudou modelo de venda da BR Distribuidora.
Resultados
As ações da Fibria recuam 1,83%, cotadas a R$ 20,39. A produtora de celulose de eucalipto anunciou lucro líquido de R$ 745 milhões para o segundo trimestre, expansão de 21% sobre o resultado obtido um ano antes. Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 925 milhões, recuo de 20%.
Os papéis da Hypermarcas (SA:HYPE3), por sua vez, sobem 1,63%, para R$ 26,06. A fabricante de bens de consumo encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 1,184 bilhão. A cifra é um salto de 488% sobre os R$ 201,5 milhões do mesmo período do ano passado.