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Rivian, efeitos da inflação, petróleo, vendas no varejo: 4 assuntos para observar na quinta

Publicado 10.11.2021, 17:40
Atualizado 10.11.2021, 19:22
© Reuters
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Por Sam Boughedda e Ana Julia Mezzadri

Investing.com -- As ações de tecnologia dos EUA tropeçaram na quarta-feira após os dados mostrarem que os preços ao consumidor nos EUA tiveram a maior alta em 31 anos, causando receios de que a inflação não está recuando.

O índice de preços ao consumidor subiu 6,2% nos 12 meses até outubro, segundo o Departamento do Trabalho. Este é o maior avanço anual desde novembro de 1990.

Na terça-feira, os dados relativos aos preços no produtor já haviam revelado um aumento em outubro. Os fabricantes estão repassando a alta dos custos aos consumidores, cujas despesas contribuem com dois terços da produção econômica dos EUA.

LEIA MAIS: Inflação ao consumidor nos EUA acelera em outubro e veio acima das projeções

O grande negócio do dia foi a estreia pública da fabricante de caminhões elétricos Rivian (NASDAQ:RIVN), que disparou 30% no seu primeiro dia e teve valor de mercado superior ao da Ford Motor Company (NYSE:F) (SA:FDMO34) e ao da General Motors Company (NYSE:GM) (SA:GMCO34).

As perdas de quarta-feira também vieram depois de os dados mostrarem que os preços de porta de fábrica na China atingiram seu maior patamar em 26 anos no mês de outubro, como publicado pela Reuters, enquanto os assessores econômicos do governo alemão afirmaram que esperavam que a atual escalada da inflação continue em 2022.

No Brasil, o otimismo do mercado após a aprovação da PEC dos Precatórios foi parcialmente limitado pelo desempenho de Wall Street, mas o Ibovespa terminou o pregão em alta. Durante a manhã, a divulgação do IPCA de outubro mostrou que a alta dos preços no país teve sua máxima para o mês em 19 anos e alcançou 10,67% no acumulado de 12 meses.

VEJA TAMBÉM: IPCA acelera em outubro e continua em dois dígitos no acumulado em 12 meses

Aqui estão quatro coisas que podem afetar os mercados amanhã, quando o mercado de títulos estará fechado nos EUA para o Dia dos Veteranos:

1. Vendas no varejo

No Brasil, os dados de vendas no varejo, esperados para as 9h, devem dar mais pistas sobre os rumos da recuperação econômica no país. A expectativa do mercado é que as vendas tenham caído 0,6% em setembro, em comparação com uma queda de -3,1% em agosto, o que indicaria melhora. Na base anualizada, o mercado projeta -4,3%, contra -4,1% na leitura anterior.

CONFIRA: Calendário econômico completo do Investing.com

2. Rivian

A Rivian Automotive Inc teve um forte início como companhia de capital aberto na quarta-feira, com a disparada das suas ações no que foi um dos maiores IPOs da história. A empresa norte-americana de veículos elétricos precificou sua oferta a US$ 78, alcançando US$ 106,75 no seu primeiro dia de negociações, quase 37% acima do preço do IPO. Os investidores continuarão, sem dúvida, a observar sua negociação na quinta-feira, atentos se ela pode continuar a subir.

LEIA: IPO da Rivian sai acima da faixa, movimenta mais de US$10 bi

3. Inflação assusta os mercados

As pessoas começam a acreditar que a inflação "transitória" sobre a qual o Federal Reserve insiste em falar não é tão transitória no fim de contas. O relatório do Departamento do Trabalho sobre os preços ao consumidor na quarta-feira poderia influenciar o banco central a agir mais rapidamente na redução do estímulo.

ANÁLISE: BCs Mundiais Divergem sobre Inflação, Enquanto Powell Recomenda Paciência

4. Petróleo

Os estoques de petróleo dos EUA cresceram menos que o esperado na última semana, disse a Energy Information Administration na quarta-feira, em 1 milhão de barris, contra as expectativas de 2,1 milhões de barris. Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, diminuíram 2 milhões de barris. O petróleo está sendo negociado a cerca de US$ 81 por barril. O governo Biden afirmou que irá trabalhar para controlar o aumento dos preços dos combustíveis nos meses de inverno, quando os norte-americanos enfrentam custos mais elevados para aquecer os seus lares.

CHARGE: O jogo entre Biden e Opep+ em torno do preço do petróleo

--a Reuters contribuiu para este artigo

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