Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - As ações da Rumo (SA:RAIL3) desaceleravam as quedas da manhã para 1,35%, após chegarem a cair mais de 3% com a queda de 98,5% no lucro líquido do quarto trimestre, para R$ 3 milhões.
Perto das 12h10, os papéis eram negociados a R$ 19,54, com volume de R$ 200,35 milhões. A ação acumula queda de 0,71% no mês e de 17% nas últimas 52 semanas.
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A operadora ferroviária registrou lucro líquido de R$ 305 milhões em 2020, recuo de 61,2% ante 2019. A margem líquida foi de 0,2% e de 4,4% nos períodos, nesta ordem, com decréscimo de 11,9 pontos porcentuais e de 6,7 pontos porcentuais, respectivamente.
A companhia também reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 758 milhões no último trimestre do ano, representando perda de 15,6% em relação ao mesmo intervalo de 2019. No acumulado anual, o Ebitda foi de R$ 3,664 bilhões, 4,3% menor que no ano anterior.
Segundo os analistas da Mirae Asset, apesar de resultados mais fracos que o esperado para o começo do ano, a situação da empresa deve começar a melhorar a partir do segundo trimestre, quando os impactos com a pandemia de Covid-19 começarem a normalizar.
A casa de investimentos manteve a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 27,77.
Para a Safra Corretora, o resultado fraco pode ser atribuído principalmente ao aumento de 16% nos custos consolidados, enquanto a receita líquida ficou estável em R$ 1,7 bilhão.
O resultado negativo ainda é explicado, escrevem os analistas, pelo maior ambiente competitivo no norte de Mato Grosso, com a conclusão da pavimentação da BR-163, que reduziu fortemente o preço do frete rodoviário nesta rodovia. Nesse sentido, as tarifas da companhia caíram 17% na Operação Norte.
Embora o Safra acredite que a cobrança de pedágio na BR-163 deva reequilibrar esse cenário competitivo, os analistas acreditam que os resultados devem continuar pressionados no curto prazo até o leilão da rodovia, que ainda não teve seu edital publicado. Eles mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 32,80.
Já o Goldman Sachs também manteve a recomendação de Compra para ação por ver uma reversão dos resultados negativos a partir do segundo trimestre, com preços de diesel maiores e maior volume, além de ver possibilidade de crescimento sólido para os próximos anos.