Investing.com – Com preocupações de investidores a respeito dos impactos da situação econômica chinesa nas importações de soja no ano que vem, e, por consequência, nas operações da Rumo (BVMF:RAIL3), o Goldman Sachs (NYSE:GS) avalia que ventos favoráveis podem ocorrer no curto prazo, enquanto, no longo prazo, haveria uma visibilidade limitada sobre o tema diante de ações do país asiático para garantia da segurança alimentar.
Assim, o banco segue otimista com o papel, indicando compra, e aponta um potencial de valorização expressivo, na ordem de 29%, com alvo de R$26,50. O GS entende que há melhor visibilidade para as colheitas e para os retornos dos novos investimentos.
Os analistas Bruno Amorim e João Frizo mencionam como possíveis drivers para as exportações brasileiras de grãos no curto prazo o aumento da demanda chinesa em meio à recuperação de seus rebanhos, além de possíveis restrições de eventual novo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos. Se este for o caso, o Brasil poderia ganhar participação de mercado em suas vendas ao gigante asiático.
“Por outro lado, nós observamos que os estoques de soja e farelo de soja na China estão significativamente superiores aos períodos históricos, o que também poderia representar um vento contrário às importações da China”, ponderam os analistas.
O Goldman Sachs entende que, no longo prazo, ações chinesas voltadas à segurança alimentar “poderiam resultar em maior produção de grãos internamente e, portanto, reduzir a dependência do país nas importações de grãos, embora atualmente tenhamos visibilidade limitada sobre até que ponto isso poderá materializar-se nos próximos anos”, completam os analistas.
Às 11h10 (de Brasília), as ações da Rumo caíam 2,83%, a R$19,90.