Investing.com - Na sexta-feira passada, a Rumo Logística (SA:RAIL3) divulgou seus dados de volume de novembro, apresentando resultado mais forte do que a esperado, com os RTKs consolidados atingndo 5,22 bilhões, um aumento de 18,5% a/a, sobre uma base considerada forte, com volumes agrícolas 18% acima na base anual (85% dos volumes totais). O forte desempenho foi impulsionado pelas operações do Norte (mais lucrativas), com um aumento de 23% no ano.
Esses resultados fizeram com que o BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgasse um relatório para clientes, reiterando as ações como uma de suas preferidas. Para a equipe, a Rumo continua no caminho para entregar seu plano de longo prazo, o que significa um forte impulso nos lucros e as perspectivas de forte crescimento do FCF à frente.
Para os analistas, se a Rumo reavaliar em até 10x o EBITDA futuro (possivelmente considerando as perspectivas de alto crescimento e conversão de caixa) e entregar sua orientação para 2020, a ação ainda pode ter cerca de 50% de alta em 12 meses.
Após os volumes mais lentos observados em outubro (+ 2% a/a nas vendas de produtos pesados), O BTG nota que vários investidores estavam assumindo tendências de volumes horizontais para o 4º trimestre. Para o banco, caso os volumes de dezembro continuarem crescendo neste ritmo forte (volumes de QTD de até 10% a/a), acredita que o EBITDA do 4ºT pode crescer mais de 15% a a, o que poderia se traduzir em atingir a faixa de guidance do ano fiscal de 2008. R $ 3,05-3,25 bilhões.
Dessa forma, os analistas entendem que não apenas os resultados do quarto trimestre devem ser melhores do que os investidores esperam, mas esperam catalisadores positivos no curto prazo, incluindo: uma orientação construtiva de 2019, trazendo ainda mais confiança para a meta de 2020 da Rumo (ainda sem preço); uma renovação da concessão da Malha Paulista (atualmente no TCU); e fluxo de notícias adicional relacionado a projetos acréscimos de longo prazo, como Sorriso.
Também depois do relatório, o UBS elevou o preço-alvo da Rumo de R$ 14,40 para R$ 17,75, citando o menor risco de execução. No entanto, os analistas do banco suíço, em documento enviado a clientes, manteve a recomendação para os ativos como neutra.