Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os analistas do Safra elevaram o preço-alvo da Telefônica Brasil (SA:VIVT4) de R$ 56 para R$ 58, mantendo a recomendação de Compra, após incorporarem os resultados mais recentes da companhia, vendo uma boa combinação de dividendos com potencial de valorização da ação.
Segundo eles, em relatório desta quinta-feira (8), o rendimento estimado para a empresa é de 7% para 2021. Eles apontam que ainda há alguns drivers de eficiência a serem explorados, como melhoria gradual no mix de receitas da empresa e um melhor ambiente competitivo no segmento móvel, especialmente após a consolidação.
LEIA MAIS - Ações: Petrobras lidera quedas após comentários de Bolsonaro sobre preços
O Safra escreve ainda que a avaliação da Telefônica continua atraente mesmo antes de incorporar a consolidação de ativos móveis da Oi (SA:OIBR3). Em um cenário considerando a integração desses ativos, o preço-alvo aumentaria em cerca de 5% para R$ 61, desconsiderando o potencial de reparo do mercado móvel nos preços de médio e longo prazo.
A expectativa para a receita líquida da companhia é de crescimento de 1,9% em 2021, enquanto o EBITDA pode crescer 3% e o lucro líquido, 5,4%. O consenso para o fluxo de caixa livre operacional é de R$ 7 bilhões em 2021, representando um rendimento FCF de 8,2% antes dos pagamentos de licença 5G e variações de capital de giro.
Ainda, os analistas apontam que os múltiplos da Telefônica Brasil estão abaixo dos pares internacionais, especialmente considerando a aceleração da implantação da rede de fibra e o movimento de consolidação no setor móvel como alguns fatores positivos de curto prazo que poderiam fazer com que a ação fosse reavaliada.
LEIA MAIS: Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira
Dentre os riscos, o Safra aponta que, como líder em clientes premium, a Telefônica geralmente cobra tarifas acima dos seus concorrentes. Um risco seria a concorrência se tornar mais agressiva nos preços, enquanto outro seria a competição se tornar capaz de aumentar a percepção da proposta de valor/qualidade com os clientes, diminuindo essa vantagem competitiva.
Perto das 11h35, os papéis da empresa subiam 0,53%, a R$ 44,79. A ação acumula alta de 0,59% nos últimos trinta dias e queda de 6,49% nas últimas 52 semanas.