SÃO PAULO (Reuters) - A SLC Agrícola (BVMF:SLCE3), uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, plantou até domingo 76% da área projetada com soja na safra 2022/23, um índice que está em linha com o visto na mesma época do ano passado, quando as atividades tiveram ritmo acelerado no país, disse o CFO da companhia, Ivo Brum, nesta segunda-feira.
A SLC prevê aumento de 4,4% na área plantada com soja em 2022/23 na comparação com o ciclo passado, para 349.716 hectares (comercial e semente).
"Começou a chover adequadamente principalmente em Mato Grosso, onde vamos plantar a segunda safra...", declarou Brum, durante conferência com analistas, citando a razão do avanço no plantio e a importância disso para a segunda safra, de algodão.
"Com a soja plantada em janela ótima, vamos ter colheita importante em janeiro..., aí plantamos o algodão (em janeiro), isso foi o mais importante", acrescentou.
Ele ressaltou que até agora o clima está sendo "muito bom em todas as regiões".
A SLC tem mais de 20 unidades produtoras em sete Estados do Cerrado, sendo a maior parte em Mato Grosso.
"Estamos muito otimistas, e mantendo o clima vamos ter ótimas produtividades", comentou.
Ele lembrou ainda que o fenômeno climático La Niña está atuante, o que pode resultar em tempo mais seco ao sul da América do Sul em algum momento durante o desenvolvimento da cultura, afetando produtividades --a SLC não tem propriedades ao sul do país.
No caso de problemas climáticos para a safra do Sul do Brasil ou na Argentina, os preços teriam potencial de alta, acrescentou o executivo.
"Se tem risco, é risco de 'upside' de preços (de soja), porque o mercado está precificando uma safra normal, milho a mesma coisa", disse Brum, citando as incertezas em torno do La Niña.
(Por Roberto Samora)