Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com -- O S&P 500 caiu para 5.778 na terça-feira, chegando perto de sua média móvel de 200 dias (DMA). Embora esse teste da DMA "tenha sido próximo o suficiente para uma recuperação tática", é "improvável que seja a baixa final para essa retração", de acordo com o técnico-chefe de mercado da BTIG, Jonathan Krinsky.
O índice se recuperou no dia seguinte, chegando a 5.842, porém voltou a cair no pregão desta quinta-feira (6), com queda de 2,11% a 5.720,43 pontos.
O índice STOXX 600 (SXXP) não supera o desempenho do S&P 500 em um ano civil em que ambos terminaram positivos desde 2012, marcando uma lacuna de 13 anos.
Até agora, neste ano, os mercados europeus ganharam entre 7% e 16%, dependendo do índice, enquanto o S&P 500 caiu 0,7% no acumulado do ano. Enquanto isso, o Hang Seng, de Hong Kong, subiu mais de 21% desde o início do ano.
"Muitos investidores simplesmente não estão preparados para um período sustentado de desempenho global superior, mas achamos que é isso que 2025 continuará a proporcionar", disse Krinsky em uma nota.
De acordo com ele, o recuo de terça-feira "embora desconfortável, é uma característica e não um problema das baixas táticas".
Nos dias 5, 6 e 7 de agosto, o mercado registrou quedas intradiárias de 1,37% ou mais, apesar de já ter chegado ao fundo do poço em 5 de agosto. Krinsky disse que esse padrão reforça a hipótese de uma baixa tática.
O estrategista também destacou que 17% dos componentes do Russell 3000 atingiram uma mínima de 52 semanas na terça-feira, o menor patamar desde o final de 2022.
Embora esse tipo de queda acentuada possa apoiar uma recuperação de curto prazo, ele acredita que uma baixa final provavelmente exigirá "baixas mais baixas" acompanhadas por uma divergência de amplitude positiva.
Enquanto isso, os índices de compra/venda permanecem silenciosos. Embora na terça-feira tenha sido negociado o maior número de opções de venda desde março de 2023 - um dos maiores já registrados -, um volume significativo de opções de compra manteve a relação moderada. Um pico mais pronunciado na relação put/call pode ser necessário para confirmar uma baixa final.
No âmbito global, Krinsky destacou que o índice mundial rompeu sua tendência de baixa de vários anos em relação ao S&P 500, com força contínua na Europa e em Hong Kong. Entretanto, ele vê o Japão como mais vulnerável no atual ambiente de mercado.