Por Senad Karaahmetovic
Enquanto alguns estrategistas de ações consideram que a reunião do Fed nesta semana pode servir de catalisador para uma queda do S&P 500, como é o caso dos analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS), outros veem a possibilidade de um rali além da resistência crítica de 4100 pontos.
Os analistas técnicos do Oppenheimer argumentam que o S&P 500 finalmente conseguiu reverter sua tendência de baixa de 2022, após o índice romper para cima sua linha de tendência de baixa.
“Nossa expectativa é que essa força continue nos próximos meses, diante da vantagem do ciclo de trabalho, da amplitude interna e da liderança cíclica dando suporte à virada”, escreveram em uma nota aos clientes.
Eles consideram que o S&P 500 fechará o ano a 4400 pontos, embora projetem que o índice superará a marca de 4600 no primeiro semestre do ano.
“Isso marca a altura da base do índice no 2S22 projetada a partir do ponto de reversão, além de convergir com a resistência do 1º tri de 2022. Embora quem aposta na queda tenha apontado o otimismo como um argumento contrário à continuidade dos ganhos, não vemos esse efeito em nosso trabalho”, acrescentaram os analistas.
Os estrategistas do JPM também acreditam que o mercado continuará subindo nas próximas semanas. Porém, ressaltaram que o ideal é que os investidores evitem entrar em novos ralis.
“Em nossa visão, o 1º tri marcará um ponto de virada, já que a confirmação para a próxima pernada de alta pelo lado dos fundamentos pode não se concretizar, com os mercados registrando resultados mais fracos no 2º e 3º trimestres", escreveram os analistas em nota aos clientes.
"Além da oferta monetária ainda em forte desaceleração nos EUA e na Europa, da curva de rendimentos invertida, de nenhuma mudança de posição do Fed à vista e do aperto contínuo como pano de fundo, acreditamos que o cenário de lucros corporativos fortes nos últimos dois anos sofrerá uma virada para baixo, com uma reversão do poder de precificação”, acrescentaram.