Por Peter Nurse
Investing.com - As ações dos EUA devem abrir em alta na segunda-feira (13), com investidores otimistas quanto aos balanços aos dados econômicos das empresas, apesar do crescimento contínuo dos casos de coronavírus.
Às 8h51 (horário de Brasília), o S&P 500 Futuros era negociado em alta de 23 pontos, ou 0,7%, o Nasdaq Futuros subia 99 pontos, ou 0,9%, e o contrato Dow Futuros subia 209 pontos, ou 0,8%. Atualmente, esses índices estão em duas semanas consecutivas de vitórias.
Os mercados acionários dos EUA registraram fortes ganhos desde as mínimas de março, ajudados por dados econômicos melhores do que o esperado e extraordinária ajuda fiscal e monetária das autoridades dos EUA.
Com isso em mente, a confiança envolve a próxima temporada de balanços, apesar de ser esperado que o índice S&P 500 reporte ganhos do segundo trimestre cerca de 45% abaixo dos números vistos no mesmo trimestre do ano passado.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) tornou-se um pouco mais otimista em relação às perspectivas de lucro este ano, elevando sua previsão inicial para o lucro por ação do S&P 500 em 2020 para US$ 115, acima da estimativa anterior de US$ 110.
Dito isto, "dado o maior foco do investidor nas perspectivas de ganhos em 2021 e 2022, esperamos que os comentários da administração sejam mais valiosos do que resultados retrospectivos", escreveram estrategistas do Goldman em nota na sexta-feira.
JPMorgan (NYSE:JPM), Citigroup (NYSE:C) e Wells Fargo (NYSE:WFC) estão prontos para divulgar seus balanços na terça-feira, enquanto a Pepsico (NASDAQ:PEP) fez a bola rolar na segunda-feira. Quarta-feira será o dia do relatório de Goldman Sachs (NYSE:GS) e Bank of New York (NYSE:BK), enquanto na quinta-feira haverá o Netflix (NASDAQ:NFLX) e o Morgan Stanley (NYSE:MS).
Esse otimismo existe apesar do vírus da Covid-19 continuar a criar vítimas - o estado da Flórida registrou mais de 15.000 novos casos no domingo, mais do que o estado de Nova York no auge da crise, em abril.
Os EUA relataram mais de 60.000 novos casos diariamente por três dias seguidos, elevando o total a mais de 3 milhões de casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Os dados econômicos são escassos na segunda-feira, mas os números de inflação do consumidor para junho vencem na terça-feira, enquanto as vendas no varejo, um importante indicador de consumo, serão divulgados na quinta feira.
Os preços do petróleo caíam na segunda-feira, antes da reunião da equipe técnica da Opep na terça e quarta-feira, que deve recomendar manter o cronograma para restaurar a oferta ao mercado mundial à medida que a demanda se recupera.
O grupo, conhecido como Opep+ e formado principalmente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia, deve restaurar 2 milhões dos 9,7 milhões de barris retidos no final de julho.
“Se o grupo decidir diminuir os cortes a partir de 1º de agosto, isso não deve levar a uma mudança de visão no mercado, com a maioria assumindo que a Opep+ já começaria a diminuir os cortes nesse estágio. Contudo, continuar com cortes mais profundos seria uma surpresa”, disseram analistas do ING, em uma nota de pesquisa.
Às 8h52, os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 1,1%, a US$ 40,11 por barril, enquanto o contrato de referência internacional Brent caía 1,1%, para US$ 42,78.
Além disso, o ouro futuros subia 0,7%, para US$ 1.814,75 por onça, fixado em seu quinto ganho semanal consecutivo. O par EUR/USD era negociado em 1,1334, alta de 0,3%.