Superquarta: decisões de juros e balanços direcionam o Ibovespa

Publicado 30.07.2025, 08:43
Atualizado 30.07.2025, 12:10
© Reuters Super Quarta, decisões sobre juros e balanços direcionam o Ibovespa

A Super Quarta de decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos direciona o Ibovespa, que ainda tem à frente uma agenda de indicadores e de balanços carregada, como Santander Brasil (BVMF:SANB11) e Bradesco (BVMF:BBDC4) aqui. No exterior, sairão Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Meta, por exemplo. Em Nova York, as bolsas operam próximas da estabilidade, com viés de alta, nesta quarta-feira, 30.

Ao mesmo tempo, a proximidade da vigência do tarifaço dos Estados Unidos ao Brasil, para o qual não se espera negociação, por ora, fica no foco. Aliás, nesta quarta o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que a Índia sofrerá "penalidade" por ser maior compradora de energia da Rússia, mas anunciou que a alíquota tarifária para o país será de 25%, aquém dos 26% anunciados em abril.

"Tem um quadro de cautela, de espera para ver o que realmente acontecerá. O cenário é de risco elevado. Então, poucos se arriscam a tomar risco", diz Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Às 15h, o Federal Reserve (Fed) divulgará sua definição sobre juros, seguida de entrevista do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell. No início da noite, será a vez do Comitê de Política Monetária (Copom). Nos dois casos, espera-se que as taxas básicas sejam mantidas: em 15% no Brasil e no nível de 4,25% a 4,50% ao ano nos EUA, com as atenções ficando nos respectivos comunicados.

Conforme Buss, tanto o Copom quanto o Fed tendem a manter o tom cauteloso visto recentemente, dadas as incertezas com os efeitos das tarifas sobre a economia mundial

Sem sinais de recuo ou adiamento da imposição de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a produtos brasileiros, investidores monitoram o noticiário sobre o tema com afinco. Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o governo só apresentará as ações para fazer frente ao tarifaço após saber efetivamente qual será a decisão dos EUA contra o Brasil.

Segundo Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, é preciso esperar e ver se realmente a taxação vai entrar em vigor. Se de fato passar a vigorar, trata-se de uma taxa de 50% "absurda", pontua. Em contrapartida, vê com bons olhos a tentativa do governo brasileiro de negociar com os EUA.

Entre as divulgações, saíram nesta quarta-feira o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho, com deflação de 0,77% (mediana: -0,88%), após recuar 1,65% em junho. No campo corporativo, a Petrobras (BVMF:PETR4) divulgou na noite de terça-feira, 29, seu relatório de produção do segundo trimestre. Segundo a companhia, de abril a junho foram produzidos, em média, 2,879 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), alta anual de 8,1%.

Quanto a balanços, o Santander Brasil registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024. Após o fechamento da B3 (BVMF:B3SA3) sairá o resultado trimestral do Bradesco.

Nos EUA, foram divulgados o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, com alta de 35, ante projeção de 2,3%, e a pesquisa ADP. O setor privado dos Estados Unidos criou 104 mil empregos em julho, ante previsão de geração de 105 mil vagas.

Nesta terça, o Ibovespa fechou em alta de 0,45%, aos 132.725,68 pontos. Às 11h15 desta quarta, subia 0,03%, 132.770,48 pontos, ante alta de 0,49%, na máxima aos 133.381,54 pontos, depois de mínima em 132.026,95 pontos (-0,53%), praticamente o mesmo nível da abertura (132.702,24 pontos.

Petrobras caía entre 0,22% (PN) e 0,37% (ON), apesar da elevação de 0,50% do petróleo. Vale (BVMF:VALE3) caía 0,71%, com o minério tendo fechado em baixa de 0,44% hoje em Dalian. O petróleo subia 0,22%. Bradesco subia até 1,50% e Unit de Santander cedia 0,30% depois de recuar cerca de 2%.

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