Taesa só avaliará ativos da Abengoa no Brasil se receita for ampliada, diz CEO

Publicado 08.03.2016, 18:13
Atualizado 08.03.2016, 18:20
© Reuters.  Taesa só avaliará ativos da Abengoa no Brasil se receita for ampliada, diz CEO

SÃO PAULO (Reuters) - A transmissora de energia elétrica Taesa, controlada pela estatal mineira Cemig (SA:CMIG4) e pelo fundo Coliseu, não avaliará a aquisição de ativos da espanhola Abengoa no Brasil se o governo federal não permitir uma majoração na receita anual estabelecida para os empreendimentos, afirmou à Reuters nesta terça-feira o presidente da companhia, José Aloíse Ragone.

O Ministério de Minas e Energia tem procurado interessados em assumir concessões da Abengoa desde que a empresa paralisou todos os projetos no Brasil ao final do ano passado, quando a matriz da empresa entrou com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha.

"Não faz sentido nenhum, e não vamos envidar nenhum esforço, estamos em espera... não iremos avaliar as concessões se não houver elevação na receita e nos prazos", disse o executivo.

Em entrevista recente à Reuters, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que considera estender o prazo para entrega das obras da Abengoa, mas descartou uma melhora na remuneração.

Ragone afirmou que a Abengoa ofereceu deságios muito agressivos nos leilões em que conquistou os empreendimentos e que o cenário macroeconômico do país teve grande deterioração desde então.

"O retorno dessas concessões ficou prejudicado. A recuperação apenas do prazo não contribui para uma elevação dos retornos, para nós não atende."

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que dois grupos estrangeiros avaliam os ativos da Abengoa.

A chinesa State Grid admitiu o interesse, enquanto a canadense Brookfield (SA:BISA3) também avalia os projetos, segundo relatos na mídia brasileira. Procurada, a Brookfield disse que não comenta rumores.

A desenvolvedora de projetos eólicos Casa dos Ventos, que também chegou a avaliar os projetos da Abengoa, também disse à Reuters recentemente que considera inviável tocar as obras com a remuneração já estabelecida.

(Por Luciano Costa)

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