Taxas futuras fecham perto da estabilidade em meio à cautela doméstica e no exterior

Publicado 08.08.2025, 16:44
Atualizado 08.08.2025, 16:45
© Reuters. Notas de 200 reaisn02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam uma sessão de baixa volatilidade nesta sexta-feira perto da estabilidade, em meio a cautela de investidores tanto no mercado doméstico quanto no exterior.

No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 14,135%, ante o ajuste de 14,089% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,4%, ante o ajuste de 13,38%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,5%, ante 13,48% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,61%, ante 13,605%.

Na cena doméstica, os agentes financeiros navegaram por uma sessão que novamente não trouxe novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, conforme aguardam pelo anúncio do plano de contingência do governo para empresas atingidas pela tarifa de 50% dos EUA.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na véspera que o plano de ajuda deve ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a próxima terça-feira. Os investidores aguardam detalhes da proposta de olho principalmente em seu impacto fiscal.

Também não houve novas notícias sobre as tentativas do governo de negociar com Washington. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que terá uma conversa com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, na próxima semana para tratar da tarifa imposta pelo presidente Donald Trump.

Durante uma parte do dia, as atenções estiveram voltadas para comentários do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, que sinalizou que a taxa Selic, agora em 15%, permanecerá em patamar restritivo por "período bastante prolongado", reiterando comunicação recente da autarquia.

No cenário externo, os mercados também se encontram em compasso de espera, com expectativa sobre qual serão os próximos passos de Trump em sua política comercial, depois da entrada em vigor na quinta-feira de uma série de tarifas mais altas sobre dezenas de parceiros dos EUA, incluindo Canadá, Suíça e Índia.

Investidores também avaliam o futuro da política monetária do Federal Reserve, depois de dados de empregos fracos na semana passada e da indicação por Trump do economista Stephen Miran para uma vaga aberta na diretoria do banco central dos EUA.

Ao longo da semana, o aumento das apostas de que o Fed retomará os cortes na taxa de juros a partir de setembro movimentou os mercados, derrubando os rendimentos dos Treasuries, o que também impactou as taxas dos DIs.

O rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha alta de 3 pontos-base, a 3,76%.

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