Tecnologias concorrentes de baterias moldam indústria do carro elétrico

Publicado 25.08.2025, 09:07
Atualizado 25.08.2025, 13:21
© Reuters

(Reuters) - Startups de todo o mundo estão correndo para desenvolver novas tecnologias de bateria que usam materiais como sódio e enxofre ou outros produtos químicos inovadores, com o objetivo de cortar custos e reduzir a dependência de alguns minerais essenciais para abastecer veículos elétricos.

A China é responsável por 85% da produção global de células de bateria e 90% do processamento de matérias-primas usadas em duas variantes de íons de lítio que dominam o mercado atual de carros elétricos. A tecnologia de baterias está evoluindo rapidamente, mas o princípio básico permanece inalterado, com três componentes principais: um cátodo, um ânodo e um eletrólito.

Enquanto as montadoras de veículos avaliam opções de longo prazo, aqui está uma lista dos vários tipos de baterias atualmente em uso ou em desenvolvimento.

CHUMBO

Usado em baterias de 6 ou 12 volts atuais usadas em motores de arranque dos carros.

Prós: Barata, funciona em condições extremas.

Contras: Pesada e com pouca energia.

NÍQUEL-CÁDMIO (NI-CD)

Baterias recarregáveis.

NÍQUEL METAL HIDRETO (NI-MH)

Tecnologia usada no primeiro Prius, da Toyota, um precursor dos híbridos, em 1997.

CLORETO DE SÓDIO E NÍQUEL

Foi usado na frota da Venturi Automobiles do serviço postal francês.

Prós: Menor, essa bateria pode ser instalada em veículos existentes sem a necessidade de convertê-los.

Contras: Velocidade máxima limitada a 100 km/h, alcance limitado a 100 km.

POLÍMERO DE LÍTIO (LMP)

Usada no modelo BlueCar da Bolloré Pininfarina e no serviço parisiense de compartilhamento de carros Autolib, ambos agora descontinuados. A tecnologia agora é usada principalmente para armazenamento estacionário, ônibus e bondes.

Prós: tecnologia "seca" com base no princípio do capacitor, processo industrial mais fácil.

Contras: requer pré-aquecimento e manutenção da bateria em uma determinada temperatura.

ÍON DE LÍTIO

A tecnologia mais difundida atualmente, usada em baterias de telefones e notebooks, carros elétricos e outros dispositivos, comercializada pela primeira vez em 1991 pela Sony.

Prós: O lítio é o segundo metal mais energético depois do urânio.

Velocidade máxima e autonomia cada vez mais altos, sem efeito memória, possibilidade de carregamento rápido e lento.

Contras: Peso e sensibilidade a condições externas (frio, vibrações), as chamadas baterias "líquidas", que exigem controle rigoroso dos riscos de superaquecimento.

DUAS FAMÍLIAS DE TECNOLOGIA DE ÍONS DE LÍTIO DOMINAM O MERCADO

NMC (Níquel Manganês Cobalto), com alta densidade de energia, mas a um custo mais adequado para veículos grandes. O cobalto vem principalmente da República Democrática do Congo, onde as condições de extração do metal apresentam questões estratégicas e éticas.

LFP (fosfato de ferro e lítio)

Prós: Elimina a necessidade de cobalto, tecnologia mais econômica e adequada para veículos menores.

Contras: densidade de energia menor que a do NMC.

ÍON DE SÓDIO

Vantagens: Elimina a necessidade de lítio, níquel ou cobalto, metais que atualmente são muito procurados, substituídos por alumínio, ferro e manganês.

Como o sódio é muito mais abundante do que o lítio, a extração e o fornecimento são mais fáceis e menos dispendiosos.

Não inflamável, pode suportar até 50 mil ciclos de recarga, cinco a dez vezes mais do que o íon de lítio.

Contras: densidade de energia mais baixa, oferta quase inexistente desse tipo de bateria atualmente, interesse vinculado ao preço do lítio.

LNMO (óxido de lítio-níquel-manganês)

Prós: Elimina a necessidade de cobalto. A Renault argumenta que essa tecnologia, que espera entregar até 2028, combina a densidade de energia da NMC, o custo e a segurança da LFP e tempos de recarga de menos de 15 minutos.

Contras: ainda em desenvolvimento.

LÍTIO-ENXOFRE

Prós: A Lyten, startup norte-americana apoiada pela Stellantis, que comprou a maior parte dos ativos da falida fabricante sueca de baterias Northvolt, afirma que essa tecnologia tem mais do que o dobro da densidade de energia do íon-lítio. Ela também elimina a necessidade de níquel, cobalto e manganês e garante maior independência, pois algumas das matérias-primas podem ser produzidas localmente, na América do Norte e na Europa.

Contras: Não será implementado antes de 2028.

BATERIAS DE ESTADO SÓLIDO

Um eletrólito sólido (polímero, cerâmica) substitui o eletrólito líquido da tecnologia de íons de lítio.

Prós: Maior densidade de energia, mais leve, não inflamável.

Contras: Ainda em desenvolvimento, sem produção em larga escala.

Fontes: futura-sciences.com, Plastec, Saft (TotalEnergies), Renault, Arkema, outras empresas.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

REUTERS AAJ

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