Investing.com – Expectativas favoráveis para as empresas de telecomunicações Tim e Telefônica Brasil, que opera a marca Vivo, que apresentam seus indicadores referentes ao segundo trimestre deste ano na próxima semana, com Vivo na segunda e Tim na terça. Analistas do Bank of America, XP e Santander entendem que as receitas seguirão o ritmo de crescimento com expansão - ainda acima da inflação.
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O InvestingPro estima um lucro por ação (LPA) de R$0,82 para a Vivo, com receita prevista em R$13,648 bilhões.
Para a Tim, o InvestingPro projeta um LPA de R$0,32, com receita de R$6,257 bilhões.
“De modo geral, esperamos resultados positivos de ambas as empresas, continuando a tendência de forte crescimento nas receitas”, adiantou em relatório divulgado a clientes e ao mercado a XP Investimentos (BVMF:XPBR31).
Analistas do Santander (BVMF:SANB11) também esperam que as companhias do setor apresentem dados sólidos referentes ao segundo trimestre, com expansão da receita acima da inflação e crescimento saudável na lucratividade.
“As tendências sólidas de crescimento das receitas devem ser impulsionadas principalmente pelo segmento móvel, na nossa opinião, à medida que as operadoras continuam a implementar aumentos de preços”, destacam as analistas Aline de Souza Cardoso, Luane Fontes e Guilherme Bellizzi.
O Santander entende que as companhias seguem proporcionando “assimetria favorável aos investidores, com fundamentos sólidos e avaliações atraentes”. Além disso, com momento macro mais volátil, as empresas podem se destacar. As projeções para este ano incluem rendimento de dividendos de 9% para Vivo e 8% para a Tim. “Acreditamos que uma forte temporada de resultados no segundo trimestre poderá ajudar a restaurar a dinâmica do setor”, reforçam.
Esse é o mesmo entendimento do Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), que enxerga continuidade de uma dinâmica saudável do mercado, o que motiva sua visão otimista. Os resultados antecipados como sólidos devem ser apoiados por aumentos de preços em termos reais e fortes adições líquidas, “o que deve contribuir para o crescimento real da receita e expansão da margem nos próximos trimestres”, dizem Lucca R Brendim e Arthur Pereira.
Vivo (BVMF:VIVT3)
O balanço deve vir sólido em todos os aspectos, espera o Bank of America, mencionando adições líquidas de 1 milhão em serviços móveis, além de continuidade da aceleração em serviços fixos. Altas nas receitas e nas margens são aguardadas, o que deve impulsionar o lucro líquido de R$2,3 bilhões e capex de R$2,3 bilhões, no entendimento do BofA.
O Santander espera que a Vivo esteja entre os destaques positivos da temporada do segundo trimestre, conforme relatório de prévia divulgado aos clientes e ao mercado, mantendo preferência relativa para o papel. O Santander projeta um Ebitda de R$5,507 bilhões, com um lucro de R$1,363 bilhão.
Já a XP Investimentos estima que a Vivo deve divulgar um sólido lucro líquido de R$1,4 bilhão no trimestre, com crescimento na receita líquida, mas contração anual na margem diante do desempenho positivo nas vendas de aparelhos. Mesmo com essa ressalva, entende que “a estratégia proativa de migração para o pré-controle da empresa e o saldo positivo de portabilidade resultaram em um saldo favorável de adições líquidas pós-pagas”. Com esses ajustes, os gatilhos são favoráveis para elevar as receitas e, no segmento fixo, a companhia teria obtido êxito em alavancar adições líquidas em Fibra.
Tim (BVMF:TIMS3)
As comparações são difíceis para as margens, alertou o BofA, que mesmo assim entende que o balanço será favorável para a companhia, com resultados sólidos e alta no lucro por ação de 13% na base anual. A estimativa para o lucro é de R$ 720 milhões e o capex de R$ 940 milhões.
A projeção do banco Santander é de um Ebitda de R$3,097 bilhões e um lucro líquido de R$663 milhões. Enquanto isso, a XP Investimentos estima que o trimestre será de forte desempenho, diante do impulso das receitas de serviços móveis novamente com crescimento superior à inflação do período.
“Esse crescimento será impulsionado principalmente pelo aumento de preços da empresa, juntamente com os baixos níveis de churn. O cenário competitivo mais racional em todos os segmentos facilitou o aumento de preços em todos os setores”, destacam os analistas da XP Bernardo Guttmann e Marco Nardini, que veem diminuição na rentabilidade, no entanto. A projeção é de lucro líquido de R$709 milhões.
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