Trump celebra "acordo" da Nippon Steel com comício em fábrica na Pensilvânia

Publicado 30.05.2025, 08:43
Atualizado 30.05.2025, 08:45
© Reuters. Logo da Nippon Steeln18/03/2019nREUTERS/Yuka Obayashi

Por Alexandra Alper e Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai a Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia, nesta sexta-feira para participar de um comício em comemoração à "parceria planejada" da Nippon Steel (TYO:5401) com a U.S. Steel, sinalizando que a aprovação final de um acordo de fusão pode estar no horizonte.

Os defensores da transação esperam que sua visita ao Estado onde a U.S. Steel está sediada encerre um tumultuado esforço de 18 meses da Nippon Steel para comprar a icônica empresa norte-americana, cercada pela oposição de sindicatos e por duas análises de segurança nacional.

Mas é possível que o negócio não esteja totalmente concluído.

Após publicação de Trump no Truth Social na sexta-feira passada anunciando o comício e parecendo apoiar a fusão, ele semeou dúvidas no domingo, descrevendo o acordo aos repórteres como um investimento com "propriedade parcial", com o controle residindo nos EUA.

Trump fará um pronunciamento em uma fábrica da U.S. Steel às 18h (horário de Brasília) desta sexta-feira no Estado que ele venceu por uma margem pequena na eleição presidencial de 2024. A Casa Branca descreveu seus comentários como sendo sobre o "Acordo da U.S. Steel".

Tecnicamente, Trump tem até a próxima quinta-feira para decidir se aprova ou desiste do acordo, depois que o Comitê de Investimentos Estrangeiros dos EUA concluiu na semana passada uma segunda análise da fusão. Mas o cronograma pode ser adiado.

O caminho para o comício desta sexta-feira tem sido acidentado.

A Nippon Steel ofereceu US$14,9 bilhões para adquirir a U.S. Steel em dezembro de 2023, buscando capitalizar um aumento esperado nas compras de aço, graças a uma legislação de infraestrutura aprovada pelo Congresso dos EUA.

Mas o acordo enfrentou obstáculos desde o início, com o então presidente Joe Biden e Trump afirmando que a U.S. Steel deveria continuar sendo de propriedade norte-americana enquanto tentavam atrair os eleitores da Pensilvânia antes da eleição de novembro.

A ex-vice-presidente Kamala Harris, que se tornou a candidata democrata em 2024 depois que Biden desistiu de tentar a reeleição, também disse que a U.S. Steel deveria continuar sendo de propriedade nacional.

Após uma análise anterior conduzida pelo Comitê, Biden bloqueou o acordo em janeiro por motivos de segurança nacional.

As empresas processaram a decisão de Biden, argumentando que não receberam um processo de análise justo, uma acusação que a Casa Branca contestou na época.

As empresas viram uma nova oportunidade no governo Trump, que abriu uma nova análise de segurança nacional de 45 dias sobre a fusão proposta no mês passado.

Mas os comentários públicos de Trump, que vão desde defender um simples "investimento" na U.S. Steel pela empresa japonesa até sugerir uma participação minoritária para a Nippon Steel, pouco contribuíram para reforçar a confiança dos investidores em uma eventual aprovação da fusão.

A Reuters informou na semana passada que a Nippon Steel havia apresentado planos de investir US$14 bilhões nas operações da U.S. Steel, incluindo até US$4 bilhões em uma nova usina siderúrgica, se o governo Trump aprovar a proposta de fusão, em resposta às solicitações do governo por mais investimentos.

"Essa será uma parceria planejada entre a United States Steel (NYSE:X) e a Nippon Steel, que criará pelo menos 70.000 empregos e acrescentará US$14 bilhões à economia dos EUA", escreveu Trump na sexta-feira passada, fornecendo nova expectativa às perspectivas de fusão.

"Verei todos vocês na U.S. Steel, em Pittsburgh, na sexta-feira, 30 de maio, para um GRANDE comício. PARABÉNS A TODOS!"

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