Musk fica no cargo até completar missão no Doge, diz Casa Branca

Publicado 02.04.2025, 12:53
Atualizado 02.04.2025, 16:40
© Reuters. Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, em Washingtonn11/02/2025nREUTERS/Kevin Lamarque

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca disse nesta quarta-feira que o bilionário da tecnologia Elon Musk vai permanecer no cargo para completar sua missão de reduzir os gastos do governo e diminuir a força de trabalho federal, descartando reportagens segundo as quais ele deve deixar o cargo em breve.

O Politico e a ABC informaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria dito a membros de seu gabinete que Musk deve partir em breve e retornar ao setor privado, embora as reportagens não tenham deixado claro se Musk deixa o cargo antes do seu mandato de 130 dias como funcionário especial do governo expirar, no final de maio.

Trump encarregou o CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) e da SpaceX de liderar os esforços por meio do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) para cortar o financiamento do governo e reformular a burocracia federal.

"Elon Musk e o presidente Trump declararam publicamente que Elon deixará o serviço público como funcionário especial do governo quando seu incrível trabalho no Doge for concluído", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Musk e o Doge não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre as reportagens.

Na terça-feira, Musk e Trump sofreram um revés quando um juiz liberal de Wisconsin foi eleito para a Suprema Corte do Estado, derrotando facilmente um juiz conservador cuja campanha havia sido fortemente financiada por Musk e grupos ligados a ele.

A votação foi vista como um referendo antecipado sobre a presidência de Trump e a campanha de Musk para reformular o serviço público dos EUA.

As ações de algumas empresas contratantes do governo subiram após os relatos do possível retorno iminente de Musk ao setor privado. As ações da Tesla, de Musk, que haviam caído mais de 6% no início do pregão, reverteram o curso e subiram cerca de 5% na tarde desta quarta-feira.

Musk disse ao programa "Special Report with Bret Baier", da Fox News, na semana passada, que estava confiante de que concluiria a maior parte de seu objetivo declarado de cortar US$1 trilhão em gastos federais até o final de seus 130 dias.

Mas em uma entrevista em 10 de março ao programa "Kudlow" da Fox Business Network, questionado pelo apresentador Larry Kudlow se ficaria mais um ano no posto, Musk respondeu: "Sim, acho que sim".

De acordo com o site do Doge, única janela oficial para suas operações, o Doge estima que economizou US$140 bilhões aos contribuintes dos EUA até 2 de abril por meio de uma série de ações, incluindo reduções da força de trabalho, vendas de ativos e cancelamentos de contratos, ainda muito aquém da meta de US$1 trilhão de Musk.

No entanto, muitas vezes não há evidências das economias declaradas, e os cálculos do site estão repletos de erros e correções.

O mandato do Doge como um todo tem previsão de seguir até 4 de julho de 2026. Mas muitas das principais figuras do Doge estão ligadas a Musk e não disseram se gostariam de permanecer no cargo após a saída do bilionário, que tem sido a força ideológica por trás da reforma do governo.

Tem havido uma crescente inquietação em todos o país com relação à abordagem direta de Musk às demissões em massa da força de trabalho do governo. Cerca de 200.000 funcionários foram demitidos, marcados para serem demitidos ou aceitaram demissões voluntárias.

Parlamentares republicanos enfrentaram a ira de eleitores furiosos em prefeituras, enquanto muitos dos esforços do Doge se tornaram objeto de ações judiciais.

Concessionárias da Tesla foram vandalizadas nos EUA e no exterior, e um protesto nacional contra o Doge e a agenda de Trump está previsto para este sábado.

(Reportagem de Susan Heavey, Nandita Bose, Andrea Shalal e Tim Reid em Washington; reportagem adicional de Shivani Jayesh Tanna, Akash Sriram, Abhirup Roy e Sayantani Ghosh)

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