Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - A Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) não deve cumprir a meta de fornecimento de vacina contra Covid-19 à União Europeia para o segundo trimestre, após o uso de milhões de doses ter sido proibido na Europa por preocupações de segurança, afirmou um porta-voz da Comissão da UE.
O contratempo pode causar novos atrasos à vacinação da UE, embora o bloco agora dependa majoritariamente da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)-BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) para imunizar sua população. Mais da metade dos adultos na União Europeia recebeu pelo menos uma dose até agora.
O órgão regulador de medicamentos europeu disse semana passada que doses da Johnson & Johnson enviados de uma fábrica da Emergent nos Estados Unidos não seriam utilizadas como precaução após um caso de contaminação com substâncias usadas por doses da AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34), que também são produzidas na fábrica.
A EMA afirmou em comunicado à Reuters que o uso de 17 milhões de doses foi proibido no bloco após essa decisão.
"Após a não-liberação desses lotes, a empresa não deve estar em uma posição de entregar 55 milhões de doses até o fim deste trimestre", afirmou o porta-voz da Comissão da UE à Reuters na quarta-feira.
A UE havia pedido um total de 200 milhões de doses da Johnson&Johnson , das quais 55 milhões deveriam ser entregues até o fim de junho. A empresa até agora entregou cerca de 12 milhões das suas vacinas que exigem apenas uma dose.
O porta-voz se recusou a dizer quantas doses a J&J agora deve entregar até o fim de junho. Acrescentou que a UE continua a trabalhar com a empresa "para a entrega das doses acordadas neste e no próximo trimestre".
(Reportagem de Francesco Guarascio)