UE propõe empréstimo de 150 bi de euros, em grande esforço de rearmamento

Publicado 04.03.2025, 12:59
Atualizado 04.03.2025, 13:00
© Reuters.

Por Jan Strupczewski e Andrew Gray

BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia propôs nesta terça-feira um empréstimo de até 150 bilhões de euros para governos europeus, em um plano de rearmamento motivado pela guerra da Rússia na Ucrânia e por temores de que a Europa não pode mais ter certeza da proteção dos Estados Unidos.

“Estamos vivendo o momento mais importante e perigoso de todos”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Estamos em uma era de rearmamento. E a Europa está pronta para aumentar maciçamente os seus gastos com defesa”.

O anúncio foi feito um dia depois do presidente norte-americano, Donald Trump, paralisar o auxílio militar à Ucrânia, destacando divergências cada vez maiores entre líderes europeus e Washington sobre a segurança do continente e como lidar com a Rússia.

Von der Leyen apresentou o fundo de 150 bilhões de euros para prioridades de defesa pan-europeias, como defesas aéreas, mísseis e drones, como parte de um pacote mais amplo de propostas que, segundo ela, podem mobilizar até 800 bilhões de euros para a defesa da Europa.

Líderes da União Europeia realizarão discussões iniciais sobre as propostas em uma cúpula especial dedicada à defesa e à Ucrânia na quinta-feira. Alguns elementos do pacote exigirão a aprovação dos governos da UE.

Trump acusou países europeus de dependerem da proteção dos Estados Unidos por meio da aliança da Otan em vez de gastar o suficiente com suas próprias defesas. Líderes europeus insistem que agora estão aumentando rapidamente os gastos com defesa. 

Grande parte do pacote da Comissão se concentra em incentivar os membros do bloco a gastar mais em defesa e reorientar fundos existentes em vez de fornecer novos recursos da UE.

Ele não inclui uma proposta de empréstimo conjunto para subvenções -- em vez de financiamentos -- para projetos de defesa, medida que países como os Estados bálticos e a França defenderam, mas rejeitada por Alemanha e Holanda.

O ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que subvenções seriam uma opção melhor. “Eu acredito que seria mais eficaz”, disse, a repórteres. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que o pacote foi “um importante primeiro passo”.

Como parte do plano, o Banco Europeu de Investimento -- o banco dos governos da UE -- disse que suspenderá limites de financiamento para projetos de defesa e ampliará o escopo do que é elegível, embora mantenha uma proibição ao financiamento de armas e munições.

(Reportagem adicional de Bart Meijer, Charlotte Van Campenhout)

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