Usiminas reverte prejuízo anual, mas ações caem com queda de lucro no tri e corte de investimentos

Publicado 25.07.2025, 08:47
Atualizado 25.07.2025, 11:20
© Reuters.

(Reuters) -A Usiminas (BVMF:USIM5) registrou nesta sexta-feira lucro líquido de R$128 milhões no segundo trimestre, resultado acima do esperado pelo mercado, mas representando forte redução em comparação com o primeiro trimestre, levando as ações da empresa a recuarem no início do pregão desta sexta-feira.

O grupo reverteu prejuízo de R$100 milhões registrado um ano antes com um lucro acima da estimativa do mercado de R$86,57 milhões, de acordo com dados da LSEG. Porém, em comparação com o primeiro trimestre de 2025, a cifra teve queda de mais de 60%.

Em um comunicado separado, a Usiminas disse que espera realizar investimentos de R$1,2 bilhão a R$1,4 bilhão em 2025. Anteriormente, a meta de investimento era entre R$1,4 bilhão e R$1,6 bilhão.

A ação caía 1,9% a R$4,20 às 10h24, na contramão do índice de referência do mercado acionário brasileiro Ibovespa, que subia 0,2%.

A receita líquida da Usiminas subiu para R$6,63 bilhões ante cerca de R$6,35 bilhões no período correspondente de 2024. A alta foi superior à esperada pelo mercado, que projetava R$6,55 bilhões, segundo a LSEG.

Embora o resultado tenha sido melhor do que o esperado, a Usiminas disse que as condições concorrenciais deterioraram de forma acelerada no segundo trimestre em meio ao volume recorde de importação de aço no país.

A empresa também disse que, apesar de que o anúncio da tarifa de 50% pelo presidente dos EUA, Donald Trump, aos produtos brasileiros possa ter pouco efeito nas exportações diretas da empresa, os impactos sobre a cadeia industrial e sobre os clientes exportadores são fatores de preocupação.

O resultado operacional ajustado medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização subiu 65% a R$408 milhões, ficando abaixo da estimativa de R$517,36 milhões.

De acordo com analistas do Banco BTG Pactual (BVMF:BPAC11), a performance foi pior que o esperado, em particular a divisão de siderurgia.

"Continuamos a ver um cenário desafiador no setor siderúrgico devido ao excesso de oferta global e ao alto nível de penetração das importações no Brasil", disseram os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi.

Para o próximo trimestre, a empresa espera estabilidade no volume de vendas no segmento de siderurgia, com queda na receita líquida por tonelada, porém com melhoria nas margens em função de menores preços de matéria-prima.

Já na mineração, a expectativa é de volumes menores, porém alinhados com o plano de vendas atual.

O grupo também informou que o conselho de administração aprovou investimento de cerca de R$1,7 bilhão para realização da modernização e reconstrução parcial da Bateria 4 da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, prevista para entrar em operação em 2029.

O investimento será distribuído ao longo de quatro anos e visa aumentar a capacidade produtiva de coque e gás de coqueria, bem como reduzir a aquisição de coque de terceiros.

(Por Michael Susin em BarcelonaReportagem adicional de Gabriel Araujo, em São PauloEdição de Letícia Fucuchima, Fernando Cardoso e Pedro Fonseca)

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