SÃO PAULO (Reuters) - A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial de mais uma unidade geradora, segundo despacho do órgão regulador no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
Com a turbina, a 14ª máquina da casa de força principal do empreendimento, a usina no rio Xingu passa a operar com uma capacidade de quase 8,8 gigawatts (GW), o que já a coloca como vice-líder em geração hídrica no Brasil, atrás apenas da usina de Itaipu, um projeto binacional em conjunto com o Paraguai, que tem 14 GW instalados.
Com a nova máquina, a usina ultrapassou Tucuruí, também no Pará, que tem 8,37 GW.
Quando concluída, o que está previsto para acontecer ainda neste ano, Belo Monte será uma das maiores hidrelétricas do mundo, com 11,2 GW instalados, após investimentos de mais de 35 bilhões de reais.
A usina é controlada por um grupo liderado por empresas da estatal Eletrobras (SA:ELET3), com quase 50% de participação. São acionistas também as elétricas Neoenergia, Cemig (SA:CMIG4) e Light (SA:LIGT3), além da mineradora Vale (SA:VALE3) e de fundos de pensão.
A unidade liberada para operação comercial nesta quinta-feira tem 611,1 megawatts em capacidade, segundo o despacho da Aneel.
O leilão da concessão para a construção de Belo Monte ocorreu em 2010, após inúmeras disputas sobre a implementação do projeto, que começou a ser discutido ainda em meados dos anos 70.
(Por Luciano Costa)