Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A Via Varejo (SA:VVAR3) recebeu recomendação de Compra da Ativa Investimentos na retomada de sua cobertura da ação, que tem como destaque o forte desempenho operacional dos últimos trimestres, apesar dos desafios relacionados à Covid-19 e à concorrência acirrada no e-commerce.
A corretora destaca ainda os múltiplos descontados do papel, justificados pelo gap entre a companhia e seus principais concorrentes no varejo digital. Com isso, a Ativa fixa o preço-alvo em R$ 18,30.
A ação operava estável por volta das 13h desta terça-feira (9), a R$ 11,54, tendo registrado R$ 11,72 na máxima e R$ 11,33 na mínima do dia. O Ibovespa, por sua vez, tinha alta de 1,45%, aos 112.212 pontos.
Para o futuro, a corretora espera que a varejista capture um novo ciclo de crescimento por meio de suas estratégias de digitalização e omnicanalidade, o que deve reduzir o intervalo para com os pares. A posição de destaque da empresa no varejo físico também deve ser recuperada, na análise da Ativa.
O crescimento do marketplace, de fato, é a prioridade da Via Varejo para 2021 e, segundo a corretora, “nos primeiros dois meses do ano já apresentou um grande aumento no número de sellers e skus em sua plataforma”. Isso, aliado ao BanQi, deve permitir a criação de um ecossistema em torno desses vendedores.
A Ativa destaca ainda as melhorias na estrutura logística e em estratégias comerciais, o que se tornou um diferencial da companhia em relação a seus concorrentes, que ainda enfrentam problemas nessa frente.
Para o varejo físico, a corretora ressalta o plano de expansão de lojas físicas no Norte e no Nordeste, regiões que apresentam maior produtividade.
Apesar da visão positiva, a Ativa reconhece que a varejista tem os desafio de finalizar seu turnaroud e acelerar o processo de ser uma varejista omnicanal.
Nesse âmbito, os principais riscos apontados pela corretora são: riscos de execução no processo de turnaroud e da implementação da estratégia multicanal; competição de players estrangeiros; desaceleração do e-commerce; impactos da redução do auxílio emergencial; e canibalização das vendas online pelas lojas físicas.