Investing.com - Os futuros norte-americanos de ações apontaram para fortes perdas na abertura desta quinta-feira, uma vez que um colapso no mercado de ações da China e uma rápida depreciação do yuan atingiram o sentimento dos investidores.
Os futuros do Dow despencaram 393 pontos, ou 1,41%, às 10h55min. GMT, ou 05h55 min. ET, os futuros de S&P500 recuaram 49 pontos, ou 2,43%, ao passo que os futuros de Nasdaq 100 caíram 141 pontos, ou 3,15%.
Na quarta-feira, as ações norte-americanas fecharam em seu nível mais baixo desde o início de outubro, sob o peso de novas preocupações sobre a China e um crescimento mundial mais lento e uma vez que as ações de energia caíram com os preços do petróleo.
As negociações dos mercados de ações da China foram suspensas pela segunda vez nesta semana, devido a uma queda de mais de 7% após a abertura.
O sentimento do mercado foi impactado após o Banco Popular da China ter definido a taxa de referência oficial do yuan mais baixa em comparação com a correção da quarta-feira. Foi a maior queda diária da taxa de referência desde agosto do ano passado, quando uma desvalorização inesperada da moeda de quase 2% provocou uma forte onda de vendas nos mercados.
O clima sombrio transbordou para os mercados acionários europeus, onde o DAX da Alemanha caiu 3,5%, uma vez que que a suspensão do pregão da China e as quedas dos s preços do petróleo alimentaram a onda de vendas.
Os preços do petróleo ampliaram as perdas desta semana e foram negociados em níveis não observados em mais de uma década, uma vez que as crescentes preocupações sobre as perspectivas econômicas da China foram somadas à visão de que um excesso de oferta mundial pode durar mais tempo do que o previsto.
O petróleo dos EUA caiu para US$ 32,10 por barril, um nível não visto desde dezembro de 2003, antes de se recuperar e ser negociado a US$ 33,13, uma queda de 84 centavos ou 2,46%, ao passo que o Brent caiu 67 centavos, ou 1,94%, a US$ 33,56, após ter atingido uma baixa da sessão US$ 32,17, o nível mais baixo desde abril de 2004.
Enquanto isso, o índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,4% para 98,88.
Os investidores aguardam dados norte-americanos para avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016.
Os EUA devem divulgar dados semanais sobre os novos pedidos de seguro-desemprego às 08h30min. ET. Também em grade foco está no relatório NFP (non-farm payrolls) referente ao mês de dezembro.
As atas da reunião sobre as taxa de juros referente ao mês dezembro do Banco Central dos EUA (Fed) mostraram que algumas autoridades expressaram preocupações de que a inflação poderia apresentar forte resistência e permanecer em níveis baixos. Alguns membros também disseram que sua decisão de aumento estava "por um triz, sobretudo tendo em conta a incerteza sobre a dinâmica da inflação".
As atas garantiram que novos aumentos da taxa nos EUA seriam graduais.