Ação do BB fecha em queda após banco acionar AGU contra fake news
Investing.com -- As ações norte-americanas registram alta expressiva nesta terça-feira, em movimento de recuperação após uma sequência de sessões marcadas por intensa volatilidade. Ainda assim, permanecem as dúvidas sobre os rumos da agenda tarifária do presidente Donald Trump.
Às 11h28 de Brasília, o Dow Jones avançava 1.396 pontos (+3,7%), o S&P 500 subia 204 pontos (+4,0%) e o Nasdaq ganhava 694 pontos (+4,4%).
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Após o forte recuo das últimas três sessões — em que o S&P 500 acumulou perda superior a 10% — investidores voltaram às compras em busca de ativos descontados. O pregão anterior foi marcado por oscilações intensas: o mercado abriu em queda acentuada, mas virou para o positivo com a divulgação de uma reportagem — posteriormente desmentida — sobre uma possível suspensão temporária das tarifas pelo governo norte-americano.
Esses movimentos levaram o índice VIX, conhecido como o “termômetro do medo” de Wall Street, a patamares não vistos desde março de 2020, durante a fase inicial da pandemia. O volume negociado chegou a aproximadamente 29 bilhões de ações, o maior em pelo menos 18 anos.
Negociações à vista?
Na segunda-feira à noite, Trump reafirmou o compromisso de sua administração com a implementação de tarifas recíprocas e elevou o tom: ameaçou impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses caso a China não reverta, até 8 de abril de 2025, o aumento recente de 34% nas tarifas aplicadas a itens dos EUA.
Apesar disso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizou que há espaço para negociações. Segundo ele, “quase 70 países”, incluindo o Japão, já procuraram a Casa Branca com o objetivo de discutir uma redução nas barreiras comerciais.
O Washington Post noticiou ainda que Elon Musk, CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34), fez apelos diretos a Trump no último fim de semana para reverter a política tarifária.
As atenções do mercado agora se voltam para o depoimento do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, ao Comitê de Finanças do Senado ainda nesta terça. Investidores buscam pistas mais concretas sobre os próximos passos da política comercial norte-americana.
A agenda econômica do dia traz poucos destaques, com as atenções voltadas ao índice de preços ao consumidor (IPC), que será divulgado na quinta-feira e deve orientar as expectativas sobre inflação.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, declarou na segunda-feira que as empresas estão preocupadas com as tarifas, mas que a autoridade monetária precisa se basear em “dados concretos” para ajustar sua política.
Nesse sentido, o UBS avalia que a política monetária pode passar por ajustes caso o mercado de ações siga em queda. Segundo o banco, uma desvalorização adicional de 5% a 10% no S&P 500 pode ser suficiente para motivar uma resposta do Fed.
Setor de saúde em destaque
Entre as empresas, o setor de saúde ganha os holofotes após o governo dos EUA anunciar um reajuste de 5,06% nas taxas de pagamento para seguradoras privadas que operam planos Medicare Advantage a partir de 2026.
Humana (NYSE:HUM), UnitedHealth Group (NYSE:UNH) e CVS Health (NYSE:CVS) registraram fortes altas. A CVS também foi favorecida pelo anúncio de Brian Newman, executivo da UPS (NYSE:UPS), como novo CFO — primeira mudança na cúpula sob a gestão do atual CEO, David Joyner.
As ações da Broadcom (NASDAQ:AVGO) subiram após a empresa anunciar um novo programa de recompra de ações de até US$10 bilhões, com vigência até o final do ano.
Já a Marvell Technology (NASDAQ:MRVL) avançou após a alemã Infineon (OTC:IFNNY) anunciar a aquisição do negócio de ethernet automotiva da companhia por cerca de US$2,5 bilhões em dinheiro.
Petróleo tenta se estabilizar
Os preços do petróleo sobem nesta terça-feira, tentando se recuperar após uma forte sequência de quedas provocadas pelo receio de que as tarifas impulsionem uma recessão global e, consequentemente, reduzam a demanda por energia.
Às 11h30, o Brent subia 1,4%, cotado a US$65,06 o barril, enquanto o WTI avançava 1,5%, para US$61,58.
Ambos os contratos acumulam quedas superiores a 14% desde o anúncio de Trump, no dia 2 de abril, sobre a aplicação de tarifas a todas as importações. O movimento de hoje, portanto, reflete um pequeno alívio após as perdas recentes.
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