Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Apesar do leste Europeu ter sofrido com os problemas políticos recentes e a desvalorização da moeda turca, o BTG Pactual (SA:BPAC11) considera que a nova filial da Weg (SA:WEGE3) na Turquia seja uma boa estratégia no longo prazo em concentrar a produção em países de baixo custo.
Na semana passada, a Weg havia informado que deve inaugurar em Istabul, na Turquia, neste primeiro semestre de 2021 uma unidade de 7 mil m² para a fabricação de equipamentos, serviços, engenharia, desenvolvimento e aplicação de produtos, vendas e assistência técnica.
O layout dessa filial será modular, o que para o BTG indica que a Weg terá facilidade em adaptar a unidade para atender às mudanças de demandas, caso seja necessário.
Além disso, o BTG espera que a Weg apresente sobre o 4T21 uma receita um pouco melhor que a do 3T21, beneficiada pela desvalorização do real, e com margens mais suaves. A estimativa do banco é por uma receita líquida de R$ 6,5 milhões, um avanço trimestral de 5%, um Ebitda de R$ 1,1%, alta de 16%, e um lucro líquido de R$ 802 milhões.
A demanda por produtos de ciclo longo deve permanecer resiliente, fortalecida pelo mercado de commodities aquecido, enquanto produtos de ciclo curto, como eletrodomésticos, devem permanecer em fase de recuperação. Os produtos premium devem compensar os preços elevados de aço para a Weg, assim como a sua presença relevante no mercado nacional.
Por fim, o BTG espera que a maior exposição ao fornecimento de energia eólica também deve contribuir para margens ligeiramente inferiores às do 3T21, à medida que a entrega das novas turbinas eólicas aumenta.
A classificação do BTG para a Weg é neutra.
Às 16h17, as ações da Weg caíam 1,14%, a R$ 30,35.