Investing.com – A qualidade supera o preço. É o que o Itaú BBA destaca ao apontar as perspectivas para a Weg (BVMF:WEGE3), ao entender que o rali da ação deve continuar, reforçando a indicação outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de R$57. Às 11h37 (de Brasília) desta segunda, as ações subiam 1,17%, a R$50,29.
“A inflexão na percepção de crescimento e lucratividade impulsionará o desempenho das ações no futuro,” avalia o banco, que possui estimativa de lucro líquido em torno de 10% acima do consenso – e espera que haja revisões nas projeções de mercado para mais próximo deste patamar.
Os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano detalham que o modelo estimado implica em um preço por lucro esperado para 2025 de cerca de 28x, o que poderia “levantar algumas sobrancelhas”. Mesmo assim, explicam que o valuation esticado seria “correspondido pelo ROIC acima de 30% e crescimento de LPA de longo prazo de dois dígitos”.
De olho nas margens e avenidas de crescimento
Após maior patamar de margem Ebitda da Weg registrado neste segundo trimestre, os analistas acreditam que as margens não teriam chegado ao pico do ciclo, mas o contrário. Entre os motivos, estariam mix de vendas favorável, com destaque para geração, transmissão e distribuição de energia, com altas nos preços e capacidade máxima de fábricas.
Além disso, os analistas mencionam momento favorável para energias renováveis, o que tende a impulsionar os dados da Weg, principalmente nos Estados Unidos, principalmente para os transformadores, produtos considerados de ciclo longo. Assim, os pedidos realizados hoje devem impactar os indicadores de 2025.
“Consequentemente, o prazo de entrega para transformadores naquele mercado disparou de 40 semanas em 2021 para 130 em 2024, o que levou os preços a dispararem 60-80% (em dólares americanos) neste período, de acordo com a Wood Mackenzie, uma provedora global de serviços para transição energética”, reforçam os analistas.
Para os produtos de ciclo curto, os analistas dizem que o pior já passou. O momento de inflexão deve ocorrer no segundo semestre deste ano, com aceleração motivada pelo aumento gradual da atividade industrial, maior demanda e desvalorização do real frente ao dólar.