Por Michael Elkins
O Baird reiterou a classificação de “outperform” (acima da média) e o preço-alvo de US$ 252 para a ação da Tesla (NASDAQ:TSLA), mantendo o papel como Best Pick, após a fabricante de veículos elétricos anunciar mais uma rodada de cortes de preços, com reduções de US$ 1000 no Model 3, US$ 2000 no Y e US$ 5000 no S/X.
Os analistas escreveram em nota:
"Os cortes de preços nos EUA seguem no foco do noticiário, principalmente em relação às margens da TSLA e ao cenário macroeconômico. Apesar dessa segunda rodada de cortes de preços no país em um prazo tão curto, ainda acreditamos que a TSLA será capaz de manter margens operacionais líderes do setor e está mais bem posicionada entre os concorrentes automotivos para enfrentar os desafios econômicos. A especulação em relação às regras mais rígidas de emissões de carbono de veículos pode acelerar ainda mais a adoção do VE, o que pode ser um vento favorável, em conjunto com a IRA [Lei de Redução da Inflação]."
Esses últimos cortes de preços ocorreram logo após o direcionamento do Tesouro americano para os créditos fiscais da Lei de Combate à Inflação destinados a veículos elétricos. Em decorrência dessas mudanças, a TSLA não acredita que o Model 3 de tração traseira se qualificará ao crédito total de US$7.500, mas ainda estima que as outras configurações do Model 3 e do Y se qualificarão. Apesar disso, os analistas mantêm a visão positiva de que a TSLA está mais bem posicionada para se beneficiar desses créditos, graças à sua liderança em manufatura e tecnologias de células de energia.
A TSLA também anunciou um investimento na fabricação de Megapacks em uma instalação capaz de produzir cerca de 10.000 unidades anualmente, ou aproximadamente 40 GWh de armazenamento de energia. O Baird estima que os negócios de Energia continuarão ganhando força neste trimestre, diante do aumento da demanda por armazenamento estacionário.
A expectativa é que a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) divulgue novas regras de emissões de veículos esta semana, com o objetivo de aumentar a participação de VEs no mercado norte-americano para cerca de 60% até 2030, em comparação com a meta anterior do governo Biden de 50%. Embora ainda não haja detalhes em relação às novas regras, o Baird acredita que a TSLA se beneficiará mais dos requisitos mais rigorosos para veículos à combustão interna, devido à sua escala e capacidades de manufatura nos EUA.
As ações da TSLA avançavam 1,51% durante a manhã desta terça-feira, 11, em Nova York.