WASHINGTON (Reuters) - O diretor da polícia federal dos Estados Unidos (FBI), James Comey, e o vice-presidente sênior e advogado geral da Apple, Bruce Sewell, testemunharão em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos em 1º de março sobre questões que envolvem criptografia, disse o comitê judiciário da Câmara dos Deputados do país nesta quinta-feira.
A audiência acontece em meio a uma disputa entre a gigante de tecnologia e o governo norte-americano sobre o desbloqueio de um iPhone utilizado por um dos atiradores de San Bernardino, na Califórnia.
Por sua vez, a Apple informou mais tarde que encaminhou um documento à justiça dos EUA se opondo à tentativa de Washington de forçar a empresa a destravar o agora conhecido "iPhone de San Bernardino".
O FBI quer ajuda da Apple para acessar o iPhone do atirador Rizwan Farook, que está travado por algumas proteções de senha. A Apple afirma que colaborar com as autoridades neste caso criaria um precedente perigoso e ameaçaria a segurança de seus clientes.
No documento enviado à justiça dos EUA, a Apple afirma que a ordem do FBI "não tem precedentes" e viola os direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição do país, que garante liberdades individuais.
Segundo a Apple, se a ordem do governo dos EUA for atendida, isso criaria um precedente para pedidos adicionais para que a empresa transforme o microfone do iPhone em um instrumento de vigilância.