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Disputa pelo mercado de carros elétricos se acirra

Publicado 04.10.2021, 14:15
Atualizado 04.10.2021, 17:54
© Reuters.  Disputa pelo mercado de carros elétricos se acirra

Uma nova disputa entre gigantes ocorre no mundo automotivo, desta vez pela liderança global ou regional do mercado de carros elétricos. As legislações com prazos para o fim da produção de veículos a combustão em vários países, obrigando montadoras a desenvolverem produtos com zero emissão, abriram uma frente de investimentos que passa de US$ 250 bilhões de 2025 a 2030, conforme programas já anunciados.

Nessa briga, cada um dos competidores chama para si a responsabilidade de ser número um do mercado, também de olho no que vem lá na frente, que são os modelos autônomos. "A Ford (NYSE:F) (SA:FDMO34) vai liderar a transição da América para os veículos elétricos, dando início a uma nova era de fabricação limpa e neutra em carbono", diz Bill Ford, presidente executivo da Ford.

A declaração foi feita na semana passada, quando a Ford anunciou a construção, nos EUA, de dois complexos com uma fábrica para as picapes elétricas Série F e três para baterias de íons de lítio. O projeto inclui ainda parque de fornecedores e unidade de reciclagem de baterias. Vai custar US$ 11,4 bilhões.

Segundo a Ford, é o maior investimento em veículos elétricos feito de uma só vez por empresa do setor automotivo americano. A previsão é de gerar 11 mil empregos nos megapolos no Tennessee e em Kentucky, que entrarão em atividade a partir de 2025, em parceria com a empresa coreana SK Innovation (KS:096770).

O projeto é parte do investimento de mais de US$ 30 bilhões da Ford em veículos eletrificados. A empresa trabalha para que de 40% a 50% de seu volume global de veículos seja totalmente elétrico em dez anos.

Já a General Motors (NYSE:GM) (SA:GMCO34) programou aportes de US$ 35 bilhões em carros elétricos e autônomos, e afirma que seu objetivo é ser líder na América do Norte em carros eletrificados e líder mundial em tecnologias de baterias e células de combustível.

"Estamos investindo em um plano integrado que garanta à GM a liderança do mercado na transformação para um futuro mais sustentável", afirma a presidente mundial da companhia, Mary Barra. O grupo projeta vendas globais de 1 milhão de carros elétricos em cinco anos. Hoje, quem lidera o mercado americano é a Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), que vai investir US$ 12 bilhões nos próximos anos.

"A transição do governo Trump para o governo Biden foi o impulso que faltava para os EUA embarcarem nesse movimento, até então mais forte na Europa e na Ásia", diz Ricardo Bacellar, sócio da KPMG.

Custo total

O grupo alemão Volkswagen (DE:VOWG) vai investir US$ 41 bilhões em carros elétricos, de um total de US$ 86 bilhões previstos em mobilidade elétrica, tecnologia híbrida e digitalização. O presidente mundial, Herbert Diess, afirma que a empresa já é líder global com suas plataformas elétricas. "Nos próximos anos será crucial alcançar também posição de liderança em software automotivo, para atender a necessidades de mobilidade individual, sustentável e conectada no futuro." O grupo fará 75 lançamentos de carros eletrificados até 2029 e está construindo grande complexo na China.

A Stellantis (NYSE:STLA), dona da Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, também está no páreo, e reservou US$ 35 bilhões para eletrificação de veículos e software. O objetivo é que, em 2025, 98% de suas linhas sejam de modelos elétricos e híbridos plug-in.

Em 2030, o grupo espera que 70% de suas vendas na Europa e 40% nos EUA sejam de carros eletrificados. "Tudo isto mantendo uma margem de lucro de dois dígitos", diz Carlos Tavares, presidente global da Stellantis. O grupo terá três fábricas de baterias na Europa e duas nos EUA. Segundo estudos, em 2026 o custo de uso do carro elétrico será igual ao do a combustão.

A meta da Renault (PA:RENA) é atingir o mix mais verde do mercado europeu em 2025, com 65% de carros eletrificados no total de vendas e 90% totalmente elétricos em 2030, informa o presidente global Luca De Meo. O grupo francês vai investir US$ 12 bilhões em eletrificação, com foco em baratear o custo da bateria. "Queremos fazer com que o carro elétrico se torne popular."

Planos de investimento

Nem o Brasil ou mesmo o conjunto da América do Sul aparecem nos planos das montadoras para receber aportes em carros elétricos ou baterias. Parte do valor previsto globalmente para a eletrificação não é nova, mas é dinheiro realocado de outros projetos anteriormente previstos para veículos a combustão.

A decisão da Ford de fechar suas fábricas no Brasil entra nessa conta de realocação de investimentos, diz o sócio da KPMG, Ricardo Bacellar. O mesmo ocorreu com a Mercedes-Benz ao encerrar a produção de carros em Iracemápolis (SP), quatro anos após a inauguração.

Após desistir da produção no Brasil, um dos projetos da Ford foi fabricar comerciais leves elétricos e híbridos em uma joint venture na Turquia com o grupo local Koç Holding. A Ford Otosan vai gastar, até 2026, US$ 2,3 bilhões para ampliar a produção de veículos comerciais e iniciar a de versões elétricas da marca e também da Volkswagen, numa parceria entre as duas fabricantes. A unidade será o centro global do grupo americano para a fabricação de modelos comerciais eletrificados.

No Brasil, não há, até o momento, programas subsidiados de aportes para a indústria automobilística nessa área. Há algumas iniciativas fiscais, como a do governador João Dória, que reduziu de 18% para 14,5% o ICMS para carros elétricos e híbridos a partir de 2022.

O segmento também tem IPI reduzido e isenção de Imposto de Importação, mas as vendas ainda são pequenas. Neste ano, até agosto, foram vendidos 21,4 mil carros elétricos e híbridos, o equivalente a 1% do total das vendas de automóveis e comerciais leves no País. "A média salarial no Brasil é muito baixa", avalia Bacellar. Os modelos custam entre R$ 150 mil e R$ 1 milhão. "Uma solução pode ser a assinatura de veículos (locação de longo prazo)", sugere. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

NÃO É A TOA O AUMENTO DO PETRÓLEO, GÁS, ETC... TUDO ARMADINHA PARA OS CARROS ELÉTRICOS. SÓ OBSERVANDO!
sonso é aquele que adorme no tempo e quando acorda lamenta de não ter realizado algo!!!
QUEM TEM ESPAÇO , ENERGIA SOLAR NA VEIA...
O governo, além de criar incentivos para carros híbridos e elétricos, precisa aumentar a geração de energia, com fontes renováveis e não poluentes, pois caso contrário, os usuários não conseguirão recarregar as baterias.
Se você pesquisar esta sendo feito isso e bem.
A ford so pode estar se sacanagem com os brasileiros
Brasil vai perder TODAS as fábricas automotivas em breve se não impulsionar logo um programa de produção de veículos elétricos, como tem feito boa parte do mundo.
que produção? aqui vem tudo de fora, negócio aqui é vender...se governo incentivar e retirar todos impostos, montadoras colocaram precos x10 x20...
Mundo substuindo a frota de carros, P. Jegues querendo vender ação pra subsidiar gasolina mas mantendo o dólar alto pra ele.
O Brasil deveria parar de subsidiar tecnologias sujas e reduzir a tributação absurda no carro elétrico.
problema não é a tributação nem dolar, os lucros das montadoras são absurdos aqui, igual de médicos...e aí qq coisa q governo faça elas se mandam e aqui imploramos para elas ficarem comprando carros q valem 25 mil nem que for a 150 mil ...
Douglas um tablet custa 700 a 1000 reais, colocado no carro vira mídia conect etc e tal custa 5 mil, absurdo
sim elétricos como Jac motors Iixo, um Kwid disfarçado de Zoe...custarem 220 mil reais e um Volvo saira por 600 mil ...todos com 400 km de autonomia vai longe esse mercado da N O M...todo mundo voltando para o Busão elétrico autônomo enchendo r a b o do aspergen Musk e ninguém reclamando pois vai estar hipnotizado pelos algoritmos Zuckerberg das telas led
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