LONDRES (Reuters) - A companhia aérea britânica easyJet disse nesta segunda-feira que seu plano de ter jatos de passageiros elétricos em algumas de suas rotas até 2027 está progredindo, com um parceiro passando para o próximo estágio de desenvolvimento de motores.
No ano passado, a segunda maior companhia aérea de baixo custo da Europa, depois da Ryanair, disse que pretendia usar aeronaves elétricas de baixo ruído e ambientalmente amigáveis até 2027, através de uma parceria com a startup norte-americana Wright Electric.
A Wright está agora trabalhando em um motor elétrico para um avião de nove lugares que voará no ano que vem, depois do sucesso com um avião de dois lugares, dando à companhia aérea a confiança no futuro do projeto.
"O vôo elétrico está se tornando uma realidade e agora podemos prever um futuro que não seja exclusivamente dependente de combustível para jatos", disse Johan Lundgren, presidente-executivo da easyJet.
A aérea já está visando um corte de 10 por cento nas emissões de carbono por passageiro por quilômetro até 2022, usando jatos mais eficientes em termos de combustível, como o novo Airbus A320neo.
Um avião elétrico que resultaria em menos emissões, ruídos e custos de viagem seria muito atraente para todas as companhias aéreas, já que o combustível de aviação é um dos seus maiores custos. Várias empresas de engenharia de alto nível estão trabalhando no desenvolvimento de tal aeronave.
A Zunum, apoiada pela Boeing, vai usar uma turbina da francesa Safran (PA:SAF) para alimentar o motor elétrico para um avião híbrido, enquanto a Siemens está trabalhando no desenvolvimento de motores elétricos para aeronaves em colaboração com a Airbus.
A Wright também registrou uma patente para que um motor seja usado em uma aeronave maior e o trabalho está começando com um novo projeto para uma aeronave do porte da easyJet, informou a companhia em seu comunicado.
(Por Sarah Young)