WASHINGTON (Reuters) - Um grupo representando importantes empresas de tecnologia, incluindo Alphabet e Facebook, pediu à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) para descartar o projeto que pretende reverter as regras do marco de 2015 que impedem provedores de internet de bloquear ou reduzir o acesso de usuários ao conteúdo online.
A Associação da Internet disse em sua apresentação à FCC que derrubar a regulamentação de neutralidade da rede "criará significativas incertezas no mercado e perturbará o cuidadoso equilíbrio que levou ao atual ciclo virtuoso de inovação no ecossistema de banda larga".
A alteração irá prejudicar os usuários, disse o grupo que também representa Amazon.com, Microsoft, Netflix, Twitter e Snap (NYSE:SNAP).
Em maio, a FCC votou pela continuidade do projeto de Ajit Pai, líder republicano da Comissão, para reverter a classificação de provedores de serviço de internet como serviços públicos, aprovada por Barack Obama, argumentando que a decisão do ex-presidente norte-americano foi desnecessária e prejudica empregos e investimentos.
Pai perguntou se a Comissão tem autoridade ou se deveria manter suas regras que impedem as empresas de bloquear ou acelerar alguns sites, conhecidos como prioridades pagas.
Os provedores disseram que apoiam a regulamentação da internet aberta e nesta segunda-feira farão comentários separadamente no projeto. Mas alguns disseram que a priorização paga faz sentido em alguns casos, citando os carros autônomos e informações médicas.
Mas de 8,3 milhões de comentários públicos foram registrados na proposta. Na semana passada, os gigantes de tecnologia participaram de uma campanha online que pedia a participação popular no caso.
Pai será questionado na próxima quarta-feira sobre o assunto em uma audiência no Senado norte-americano.
(Por David Shepardson)
((Tradução Redação São Paulo; +55 11 56447553))
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