Bitcoin em queda após liquidação bilionária no mercado
PARIS (Reuters) - Os reguladores antitruste da União Europeia provavelmente vão aplicar já na terça-feira uma multa recorde contra o Google, da Alphabet, por causa de seu serviço de compras, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto na segunda-feira, concluindo um dos três casos contra a empresa.
O caso da Comissão Europeia foi desencadeado por várias reclamações de rivais europeias e dos Estados Unidos, levando a uma investigação de sete anos contra a mais popular ferramenta de busca na internet do mundo.
A autoridade de defesa da concorrência da UE acusou o Google em abril de 2015 de distorcer os resultados de busca na internet para favorecer seu serviço de compras, prejudicando os rivais e os consumidores.
A Comissão não quis comentar.
O Google, por sua vez, disse: "Continuamos nos engajando de forma construtiva com a Comissão Europeia e acreditamos firmemente que nossas inovações em compras online foram benéficas para compradores, varejistas e concorrentes".
A empresa disse que os reguladores ignoraram a concorrência dos varejistas online Amazon e eBay.
A Reuters informou com exclusividade em 1º de junho que o órgão de concorrência da UE podia impor sanção ao Google antes das férias de verão no hemisfério norte, em agosto.
As empresas consideradas culpadas de infringir as regras antitruste da UE podem ser multadas em até 10 por cento do seu faturamento global, o que no caso do Google poderia chegar a cerca de 9 bilhões de dólares com base na receita de 2016, mas não se espera que a multa atinja esse nível.
A maior penalidade aplicada até o momento foi de 1,06 bilhão de euros contra a fabricante de chips Intel, em 2009.
Além da multa, a Comissão vai exigir ao Google que interrompa as supostas práticas anticoncorrenciais. Contudo, ainda não está claro quais as medidas que serão determinadas para garantir que os rivais recebam o mesmo tratamento nos resultados de busca de compras na internet.
(Por Foo Yun Chee)