(Reuters) - A corrida espacial entre os dois homens mais ricos do mundo se acirrou nesta terça-feira, após o presidente da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Elon Musk, zombar da tentativa de Jeff Bezos de conseguir um importante contrato com a Nasa.
Os dois bilionários, que tentam lançar foguetes orbitais de longo alcance, competem por um cobiçado contrato do governo para construir uma nave espacial que levará astronautas à Lua já em 2024. Musk venceu. Bezos não ficou feliz.
A Blue Origin de Bezos apresentou na segunda-feira um protesto junto ao Escritório de contabilidade do governo, acusando a Nasa de mudar algumas solicitações de última hora.
Em resposta, Musk, que também lidera a SpaceX, escreveu num tuíte: "Não consegue levantá-lo (para orbitar) lol". Ele não elaborou melhor o tuíte, mas adicionou a thread uma captura de tela de uma reportagem de 2019 sobre Bezos apresentando o módulo lunar da Blue Origin.
A empresa de Bezos ficou muito atrás da SpaceX e da United Launch Alliance (ULA) em transporte orbital, perdendo bilhões de dólares em contratos de lançamento de segurança nacional dos EUA que começam em 2022. A ULA é um empreendimento conjunto da Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) com a Lockheed Martin (NYSE:LMT) (SA:LMTB34).
Essas startups de foguetes visam principalmente enviar satélites para clientes em órbita a um preço acessível, e reutilizar partes de foguetes para manter custos sob controle.
"A Nasa executou uma aquisição falha para o programa Human Landing System e mudou as regras no último minuto", disse a Blue Origin em comunicado por e-mail.
"A decisão deles elimina oportunidades de competição, restringe significativamente a base de abastecimento, e não apenas atrasa, mas também põe em risco o retorno dos EUA à Lua. Por causa disso, apresentamos um protesto ao governo."
A SpaceX de Musk se lançou sozinha na disputa pelo contrato, enquanto a Blue Origin fez parceria com a Lockheed Martin, a Northrop Grumman (NYSE:NOC) (SA:NOCG34) e a Draper.
O comunicado de 50 páginas da Blue Origin foi apresentado primeiramente pelo New York Times.
(Por Kanishka Singh e Subrat Patnaik em Bengaluru e Eric Johnson em Seattle)