LONDRES (Reuters) - O regulador de concorrência do Reino Unido disse que a compra da produtora de "Call of Duty" Activision Blizzard (NASDAQ:ATVI) pela Microsoft (NASDAQ:MSFT), um acordo de 69 bilhões de dólares, não prejudicará a concorrência no setor de consoles de games, removendo um grande obstáculo ao negócio.
Em conclusões baseadas em novas evidências, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) disse nesta sexta-feira que não faz sentido, financeiramente,, para a Microsoft tornar "Call of Duty" exclusivo para seu console Xbox e, em vez disso, ainda terá incentivo para continuar a disponibilizar o jogo no PlayStation.
O regulador, no entanto, disse que ainda está analisando o impacto do negócio no mercado de games em nuvem.
A aquisição, a maior de todos os tempos em jogos, continua sujeita ao escrutínio dos reguladores nos Estados Unidos e na Europa.
O regulador britânico notou que a franquia "Call of Duty" da Activision é importante para impulsionar a competição entre os consoles e temia que a Microsoft pudesse se beneficiar tornando o jogo exclusivo para o Xbox, ou disponível apenas no PlayStation em condições materialmente piores.
Mas, desde então, a Microsoft ofereceu à Sony (NYSE:SONY) um acordo de licença para resolver essas preocupações.
"Nossa visão provisória de que este acordo levanta preocupações no mercado de jogos em nuvem não é afetada pelo anúncio de hoje", disse o regulador, acrescentando que a investigação geral estava em andamento até o prazo final de 26 de abril.
Um porta-voz da Microsoft disse: "Estamos ansiosos para trabalhar com a CMA para resolver quaisquer preocupações pendentes."
(Por Sarah Young e Paul Sandle)