PITTSBURGH, Estados Unidos (Reuters) - A empresa de transporte urbano por aplicativo Uber lança nesta quarta-feira na cidade norte-americana de Pittsburgh um programa piloto com carros sem motorista, na primeira vez que um serviço do tipo é oferecido ao público dos Estados Unidos.
A companhia de tecnologia, avaliada em 68 bilhões de dólares, planeja substituir muitos de seus 1,5 milhão de motoristas por veículos autônomos.
Mas não é que robôs vão assumir a direção em Pittsburgh agora. A frota autônoma da Uber na cidade é formada por quatro carros, sendo que duas pessoas ficarão nos bancos da frente dos veículos para assumirem o controle quando necessário.
A companhia está competindo em um campo já bastante disputado. Do Google à Baidu (NASDAQ:BIDU), Tesla e General Motors (NYSE:GM), companhias de tecnologia e montadoras de veículos estão correndo para desenvolverem planos de negócios para o segmento que, acredita-se, vai transformar a mobilidade pessoal ao redor do mundo.
"Vamos ver um mundo muito mais seguro e muito mais eficiente onde usaremos menos energia para movimentar as pessoas", disse Andrew Moore, reitor da Escola de Ciência da Computação da Universidade Carnegie Mellon.
Porém, ele afirmou que é preciso mais uma década de pesquisa e desenvolvimento para que um número significativo de veículos autônomos ingressem nas ruas das cidades.
Os carros autônomos da Uber em Pittsburgh consistem de sedãs Ford Fusion equipados com câmeras 3D, sistema de posicionamento por satélite e tecnologia que usa laser para identificar o formato e a distância de objetos.
Apesar da direção autônoma em estradas ser relativamente simples de se desenvolver-- pesquisadores da Carnegie Mellon criaram uma minivan em 1995 que cruzou o país em modo autônomo em 98 por cento do tempo--, mas nas ruas das cidades, com pedestres, trânsito, buracos e obras, a questão é diferente.
"Desde meados dos anos de 1990 praticamente a maior parte desse campo tem se concentrado neste último passo", disse Aaron Steinfeld, pesquisador do Instituto de Robótica da Carnegie Mellon.
(Por Heather Somerville)