Por Gina Cherelus
NOVA YORK (Reuters) - A Uber Technologies [UBER.UL] suspendeu no sábado o programa piloto para carros autônomos, após acidente envolvendo um veículo equipado com a tecnologia no Arizona, de acordo com a empresa e a polícia local.
O acidente não causou ferimentos graves, informou a Uber. Ainda assim, a empresa disse que suspenderia o programa piloto de automóveis autônomos no Arizona, em Pittsburgh e São Francisco até a conclusão das investigações.
"Continuamos averiguando esse incidente", disse uma porta-voz do Uber por email.
O acidente ocorreu quando o motorista de um segundo veículo não parou para o automóvel da Uber enquanto fazia uma curva, de acordo com Josie Montenegro, porta-voz do Departamento de Polícia de Tempe.
"Os veículos colidiram", disse, acrescentando que "não houve ferimentos graves".
Como parte do padrão regular, dois motoristas estavam nos assentos dianteiros do carro do Uber, que se encontrava no modo autônomo no momento da colisão, informou a empresa por email. Os assentos traseiros estavam vazios.
Fotos e um vídeo publicados no Twitter pela Fresco News, um serviço que vende conteúdo a veículos de mídia, mostraram um utilitário da marca Volvo de lado após uma aparente colisão envolvendo outros dois carros ligeiramente danificados. A Uber afirmou que as imagens parecem ser do acidente em Tempe.
Ao lançar o programa piloto em Pittsburgh no ano passado, a empresa disse que os carros autônomos "necessitam de intervenção humana em muitas situações, incluindo mau tempo." A Uber revelou ainda que a nova tecnologia tinha potencial para reduzir o número de acidentes de tráfego no país.
O episódio em Tempe não é o primeiro do tipo. Em 2016, o motorista de um veículo da Tesla Motors (O:TSLA) operando no piloto automático foi morto em uma colisão com um caminhão em Williston, na Flórida.
No ano passado, um carro autônomo operado pelo Google, da holding Alphabet (O:GOOGL), se envolveu em um acidente na Califórnia, atingindo um ônibus enquanto navegava em torno de um obstáculo.
A colisão ocorre dias após o ex-presidente do Uber, Jeff Jones, renunciar ao cargo menos de sete meses após ter iniciado as atividades na companhia, juntando-se a outros executivos de alto escalão que deixaram a empresa nos últimos meses.