BUENOS AIRES (Reuters) - Caminhoneiros argentinos concordaram na noite de quinta-feira em encerrar uma greve que paralisou o transporte de grãos no país desde segunda-feira, informou o Ministério dos Transportes.
Os caminhoneiros representados pela Federação dos Transportadores Argentinos vinham exigindo taxas de frete mais altas e as negociações com o governo na quarta-feira não avançaram. Uma fonte próxima às negociações disse à Reuters que "finalmente foi resolvido com um (aumento de) 20% e o encerramento imediato da greve".
Quase 85% dos grãos na Argentina são transportados para os portos por caminhão, e a greve ameaçou as exportações do país, que está entre os maiores exportadores de alimentos do mundo.
"Depois de quase quatro horas de reunião, chegou-se a um acordo de taxa de referência de 11% até o mês de março", disse a fonte. Houve mais discussões sobre as taxas de abril e um total de 20% de aumento foi acordado, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
A Argentina registrou uma taxa de inflação mensal de 6,7% em março, elevando a taxa de inflação anual para 55,1%.
A Federação também reclamou da escassez de combustível em um momento em que há uma demanda crescente para movimentar as lavouras de soja e milho.
(Reportagem de Walter Bianchi; Redação de Alexander Villegas e Kenneth Maxwell)