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Exercícios militares na Guiana são “provocação”, diz Venezuela

Publicado 08.12.2023, 05:31
Atualizado 08.12.2023, 10:02
Exercícios militares na Guiana são “provocação”, diz Venezuela

A Venezuela classificou os exercícios militares anunciados pelos EUA na Guiana como uma “infeliz provocação”. Na 5ª feira (7.dez.2023), a embaixada norte-americana em Georgetown, capital guianesa, anunciou que o Comando Militar Sul dos EUA realizará “operações aéreas” no país sul-americano.

“Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil (NYSE:XOM) na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação de Essequibo”, disse o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, em post no X.

Em comunicado, a embaixada informou que os exercícios militares são “operações de rotina para melhorar a parceria de segurança” entre os países. Eis a íntegra do texto, em inglês (PDF – 43 kB).

Também na 5ª feira (7.dez), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ligou para o presidente da Guiana, Irfaan Ali, “para reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania da Guiana”.

ENTENDA

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reivindica a região de Essequibo, que corresponde a 74% do território da Guiana e é alvo de disputa há mais de 1 século.

Na 3ª feira (5.dez), Maduro anunciou medidas para a criação de uma província venezuelana em Essequibo e divulgou um novo mapa do país que inclui a região. A medida foi realizada depois que a população venezuelana aprovou a anexação do território em referendo realizado em 3 de dezembro.

Irfaan Ali afirmou em discurso na 3ª feira (5.dez) que as ações de Maduro são uma “ameaça iminente à integridade territorial” da Guiana e que o país “intensificará as medidas de precaução para proteger seu território”.

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Também disse que as Forças de Defesa da Guiana estão “em alerta total” e comunicou os homólogos militares, incluindo o Comando Sul dos EUA, sobre a situação.

Assista (7min43s):

REFERENDO

Os venezuelanos votaram no domingo (3.dez) em um referendo sobre a anexação de parte do território da Guiana. A medida, de caráter consultivo, foi anunciada por Maduro em 10 de novembro.

Essequibo tem 160 mil km² e é administrado pela Guiana. A área é rica em petróleo e minerais, e tem saída para o Oceano Atlântico.

O referendo apresentou 5 perguntas, nas quais os venezuelanos escolheram entre as respostas “sim” e “não”. Foram aprovadas pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela em outubro.

Trata-se de questionamentos sobre o Laudo de Paris de 1899 –medida resultante de um tratado assinado em Washington em 1897, que determinou a área como pertencente à Guiana, que era uma colônia britânica na época, e delimitou uma linha divisória do território.

As perguntas também abordam o Acordo de Genebra de 1966 –no qual o Reino Unido reconheceu a reivindicação venezuelana de Essequibo e classificou a situação como negociável.

Uma delas questiona ainda a competência da Corte Internacional de Justiça para julgar o caso. O órgão judiciário da ONU (Organização das Nações Unidas) em Haia, na Holanda, decidiu em 1º de dezembro que a Venezuela não pode tomar medidas para anexar o território.

Segundo a decisão, o governo de Nicolás Maduro “deverá se abster de tomar qualquer ação que possa modificar a situação que prevalece atualmente no território em disputa”. Eis a íntegra da sentença, em inglês (PDF – 227 kB).

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Leia as perguntas do referendo:

  • “Você concorda em rejeitar, por todos os meios, conforme a lei, a linha imposta de forma fraudulenta pela sentença arbitral de Paris de 1899, que visa nos privar de nossa Guiana Essequiba?”
  • “Você apoia o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento jurídico válido para alcançar uma solução prática e satisfatória para a Venezuela e a Guiana em relação à controvérsia sobre o território da Guiana Essequiba?”
  • “Você concorda com a posição histórica da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça para resolver a controvérsia territorial sobre a Guiana Essequiba?”
  • “Você concorda em se opor, por todos os meios, conforme a lei, à reivindicação da Guiana de dispor unilateralmente de um mar pendente de delimitação, ilegal e em violação do direito internacional?”
  • “Você concorda com a criação do Estado Guiana Essequiba e com o desenvolvimento de um plano acelerado de atenção integral à população atual e futura desse território, que inclua, entre outros, a concessão de cidadania e carteira de identidade venezuelana, conforme o Acordo de Genebra e o Direito Internacional, incorporando consequentemente esse Estado no mapa do território venezuelano?”

O governo da Guiana classificou a medida como “provocativa, ilegal, nula e sem efeito jurídico internacional”. Também acusou o líder venezuelano de crime internacional ao tentar enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 19 kB).

O país também defende o Tratado de Washington de 1897. “Durante mais de 6 décadas, a fronteira foi internacionalmente reconhecida, aceita e respeitada pela Venezuela, pela Guiana e pela comunidade internacional como sendo a fronteira terrestre entre os 2 Estados”, disse o governo guianês.

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Na 3ª feira (5.dez), o presidente da Guiana disse em pronunciamento que acionaria o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para o órgão tomar “medidas apropriadas” sobre a questão.

A VOTAÇÃO

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, pouco mais da metade dos eleitores aptos a votar compareceram às urnas. Foram contabilizados 10.554.320 (dos 20.694.124 totais) no referendo, sem contar com os votos emitidos durante as duas horas finais de votação.

A Venezuela tem 15.857 centros de votação espalhados nos 335 municípios dos 23 Estados do país e na capital.

A votação foi iniciada às 6h do horário local (7h no horário de Brasília) e terminou às 20h (21h no horário de Brasília), pois foi estendida por duas horas.

Leia mais:

  • 1ª vez em 150 anos que temos a chance de decidir, diz Maduro;
  • Há 10 anos, Maduro falava em “paz” em região que hoje quer anexar.

BRASIL

Em 30 de novembro, o Ministério da Defesa do Brasil informou que aumentou a presença militar na região de fronteira no Norte do país, próximo a Venezuela e Guiana.

O reforço atendeu um pedido do senador Hiran Gonçalves (PP-RR), que solicitou reforço nas tropas em Pacaraima (RR), cidade na fronteira com Essequibo.

Além disso, a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Maria Figueiredo Padovan, disse que o Brasil acompanha a questão com “atenção” e mantém conversas de alto nível com ambos os países em “busca de uma solução negociada”. Afirmou que o governo brasileiro considera o referendo como um “assunto interno do país”.

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“A gente não opina. No entanto, a gente sabe que o resultado provavelmente será favorável, porque esse é um tema que une governo e oposição [da Venezuela], talvez o único tema em que os 2 lados estão de acordo. Então, acho que não há nenhuma surpresa se as pessoas responderem ‘sim’ às perguntas”, disse a jornalistas em 30 de novembro.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Esse Lunático pseudo comunista companheito do “faz um L”, vai aprender uma amarga lição se tiver a ousadia insana de enfrentar os EUA… vai lá “Companheiro Maduro” invade pra ver o que te acontece!!
Estão mexendo com os ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ali a conversa é diferente, é “bomba na cabeça”!!
Assim como o Fascista da Argentina com as Malvidas, o Comunista da Venezuela quer trazer mais sofrimento para seu povo.
Provocação não, um aviso.
As forças armadas venezuelanas são muito valentes na atuação contra seu povo, vamos ver se são valentes contra soldados de verdade.
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